"Diante de um ano desafiador, principalmente em decorrência de eleições e a quantidade excessiva de feriados e dias facultativos, o SAS Brasil conseguiu colher bons resultados, especialmente no segundo semestre". Foi assim que Cássio Pantaleoni, presidente da subsidiária brasileira, definiu 2018. Tanto que o último trimestre do ano representou cerca de 40% de toda a receita com novas vendas – o que permitiu que a companhia se recuperasse dos efeitos da lentidão econômica do país.
Somados aos resultados dos últimos oito anos, o SAS Brasil obteve uma média anual de crescimento de 7% em receita total de software (Total Software Revenue – TSR) e de 70% em aumento de receita.
Entre os destaques de 2018 está o crescimento de 90% em RMSS (Remote Management Software Services) e HMS (Hosting Management Services), assim como o acréscimo de 6% em sua carteira de clientes, sendo grande parte desse número resultado do trabalho desenvolvido pela equipe de Inside Sales. As áreas que tiveram melhor desempenho foram: Fraud and Security Intelligence (15%), Data Management (12%), Internet das Coisas (12%) e Customer Intelligence (10%) e Treinamentos (4%).
Em termos regionais, o Sudeste se mantém na liderança do volume de negócios da empresa no país, com destaque para as verticais de Finanças, responsável por 59% de crescimento, e Telecomunicações e Varejo (27%).
América Latina
A América Latina foi responsável por 4% do crescimento global, na comparação com 2017. O Brasil foi o país que mais deu resultados na região – principalmente no setor privado –, correspondendo a 33% do faturamento na região, seguido por México, Caribe e América Central (31%), Argentina (14%), e Chile, Peru, Colômbia e Equador (11% cada um).
Enquanto os números mostram que Caribe e a América Central dobraram os resultados em relação a 2017, a Argentina, mesmo diante de uma forte crise econômica, levou o SAS a obter, em apenas dois anos, o melhor resultado de sua história naquele país.
As áreas de maior crescimento na empresa foram: Education, com 27,5%, PSD (Professional Services & Delivery), com 11%, e Consultoria, com 9,3%. As soluções de Analytics do SAS foram responsáveis por 24% desse crescimento, seguidas por Data Management (16%), Risco e Compliance (13%), Customer Intelligence (12%) e Fraud and Security Intelligence (11%). Os setores de destaque foram os de Serviços Financeiros (55%), Telecomunicações (16%) e Setor Público (12%).
Em nível global, a empresa obteve faturamento de US$ 3,27 bilhões. As vendas de soluções de Cloud, Machine Learning, Gestão de Fraude e Riscos e Inteligência Artificial foram as principais responsáveis por esse resultado.
Novo modelo de negócios
Em 2019, o SAS Brasil seguirá atuando em mercados onde já tem presença consolidada, como as indústrias de Finanças, Seguros, Varejo e Setor Público, por exemplo, mas também tem como foco a atuação em outros setores estratégicos por meio do programa de Canais e Alianças. Além disso, a empresa terá um novo foco de atuação.
A empresa fará uso de um novo modelo de negócios Agile AX (Agile Analytics), que inicialmente será aplicado aos clientes mais estratégicos da companhia. Trata-se de uma abordagem que consiste na oferta de soluções customizáveis e flexíveis, e que proporcionam uma nova experiência com a inteligência analítica.
O novo modelo deve ser capaz de dar aos clientes a agilidade necessária para lidar com os avanços decorrentes da 4ª Revolução Industrial, da digitalização e da demanda por processos analíticos mais estruturados e industrializados. O objetivo é fortalecer o relacionamento com os clientes e ajudá-los a obter respostas mais rápidas para os problemas de negócios, que resultem em ganho de escala e redução de custos de até 30%.
O mercado
De acordo com a IDC Brasil, a previsão é de que os investimentos em TI em 2019 tenham um crescimento de 10,5% no país, decorrente de processos de transformação digital, substituição de tecnologias e venda de dispositivos. A consultoria aponta que o mercado está mais amadurecido e buscando uma maior interação entre as áreas de tecnologia e negócios e otimização dos custos.
Entre as principais tendências de 2019 apontadas pela consultoria, as estimativas de movimentação e crescimento no Brasil referem-se a Internet das Coisas (US$ 9 bilhões, com crescimento anual de 20% até 2022), Big Data & Analytics (previsão de US$ 4,2 bilhões), Cloud Pública (US$ 2,6 bilhões, podendo atingir US$ 6,5 bilhões em 2022), Segurança da Informação (US$ 548 milhões) e Inteligência Artificial (previsão de crescimento de 30% de adoção até 2022).
Para o Gartner, os investimentos globais em TI devem somar US$ 3,8 trilhões em 2019, resultando em aumento de 3,2% em relação a 2018, impulsionado pelos serviços em nuvem e o avanço dos dispositivos de Internet das Coisas.
Neste cenário, os softwares corporativos continuarão com forte presença, com previsão de 8,5% nos investimentos anuais. As soluções de Business Intelligence e Business Analytics terão forte participação, com receita estimada em mais de US$ 187 bilhões em 2019.