Cortes na produção podem levar à falta de chip para PCs

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O presidente do Conselho Mundial de Semicondutores, Frank Huang, alertou nesta quarta-feira, 25, que os cortes agressivos na produção feitos pela indústria de chip de memória D-RAM (chips que equipam os computadores) nos últimos meses podem resultar num encolhimento dos embarques de chips para computadores e equipamentos eletrônicos. Em declaração ao Financial Times, Huang disse acreditar que as empresas vão começar a se recuperar ainda no segundo semestre, mas avalia que as consequências serão ainda maiores do que as da crise do ano passado.
A crise de 2008 foi a maior da história da indústria de chip D-RAM em seus 16 anos de existência, e teve seus efeitos acelerados por uma queda na demanda por equipamentos eletrônicos em decorrência da crise econômica mundial. Huang calcula que nesta crise, ficaram estocados cerca de 1 bilhão de chips, resultando em cerca de US$ 10 bilhões de prejuízo.
Neste ano, o que já pode ser visto são as principais empresas da Coréia do Sul e de Taiwan reduzindo ostensivamente sua produção, enquanto algumas, como a alemã Qimonda, foram à falência. Huang prevê que esse corte nas produções vai fazer com que os chips que foram estocados no ano passado sejam vendidos agora, como forma de recuperação da indústria. "São tempos difíceis, mas finalmente podemos ver a primavera chegando", comentou.
O presidente do Conselho Mundial de Semicondutores acredita que a razão para um período tão rigoroso na indústria de chip D-RAM é o excesso de cuidado que as empresas têm, por conta de dificuldades anteriores. "Todos estão muito preocupados em recuperar os números de vendas rapidamente e esperando os preços caírem, o que tem causado uma recessão no setor."

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