A troca de Jeff Clark por Michael J. Christenson no comando das operações da Computer Associates (CA), anunciada na semana passada, mostra que a empresa tem pressa em mudar a escrita e recuperar as vendas no ano fiscal de 2007, iniciado em abril. O resultado financeiro preliminar do quarto trimestre e do ano fiscal de 2006, encerrado em 31 de março, é um indicador dessa disposição ? e necessidade.
Embora o consolidado do ano e do triemstre só deva ser divulgado no dia 30 de maio, o balanço preliminar aponta uma queda nas previsões de receitas no período. Ao contrário do que a empresa havia projetado, a receita total da CA no trimestre deve ficar entre US$ 940 milhões e US$ 950 milhões, abaixo dos US$ 975 milhões e US$ 1 bilhão estimados anteriormente. Em contrapartida, a receita com a venda de licenças de software deve ficar dentro do estimado pela CA, fechando entre US$ 710 milhões e US$ 720 milhões.
As demonstrações contábeis consolidadas da companhia, elaboradas de acordo com os critérios não-GAAP mostram que o lucro por ação no quarto trimestre fiscal de 2006 deve ficar entre US$ 0,14 e US$ 0,16, abaixo também da estimativa anterior que apontava um lucro por ação entre US$ 0,23 e US$ 0,24. Pelos critérios GAPP (princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos) a queda é maior ainda: US$ 0,00 e US$ 0,02.
A geração de fluxo de caixa no ano fiscal, no entanto, não deve refletir essa queda. De acordo com os critérios não-GAAP, o crescimento das operações deve exceder os 12%, previstos pela companhia, alcançando 15%. Mesmo pelos critérios GAAP, o fluxo de caixa no ano fiscal deve ficar entre US$ 1,36 bilhão a US$ 1,39 bilhão, acima portanto do estimado anteriormente que era US$ 1,31 bilhão e US$ 1,35 bilhão.
"Nossos resultados no quarto realmente não ficaram em linha com nossas expectativas", disse o presidente e CEO da CA, John Swainson. Mas acrescentou: "Entretanto, a CA é uma companhia que está passando por uma profunda transformação ? de nossos produtos, de nossos colaboradores, de nossos processos, de nosso relacionamento com os clientes e de nossa estratégia. E estou confiante que essas mudanças terão um impacto benéfico no ano fiscal de 2007."