Interesse dos brasileiros por ciência e tecnologia é baixo

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Menos da metade dos brasileiros se interessam por temas relacionados à ciência e tecnologia, porém, menos que medicina, saúde e meio Ambiente, de acordo com pesquisa nacional divulgada nesta quarta-feira (25/4) pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, realizada em parceria com a Academia Brasileira de Ciências. O estudo mostra que 41% das cerca de 2 mil pessoas ouvidas têm muito interesse, 35% têm pouco interesse e 23% não têm nenhum interesse no assunto.

Entre os temas que despertam maior interesse da população estão medicina e saúde (60%), meio ambiente (2º) e religião (3º), enquanto o tema ciência e tecnologia aparece em sexto lugar na lista das preferências. Além do interesse, a pesquisa também perguntou quais são os temas sobre os quais a população mais se informa. Em primeiro lugar aparece religião (49%), seguido por esportes (40%) e economia (38%). Ciência e tecnologia surge em quarto lugar, com 27% das preferências.

Segundo o MCT, o estudo teve como objetivo levantar informações sobre o interesse, o grau de informação, as atitudes e visões e o conhecimento que os brasileiros têm da ciência e tecnologia. Essa é a segunda vez que uma pesquisa desse tipo é realizada no Brasil. A primeira foi feita em 1987, pelo Instituto Gallup de Opinião, dos Estados Unidos.

Durante a divulgação dos resultados, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, afirmou que um dos motivos pelos quais a ciência ainda é pouco difundida no país é o pouco tempo de existência das instituições de pesquisa brasileiras. Para o ministro, a ciência ainda é muito nova no país. "Minha percepção é de que é preciso avançar muito, mas eu interpreto isso de maneira natural. O Brasil começou a formar seus pesquisadores na década de 60, portanto, apenas há 40 anos. Nos EUA, o primeiro físico americano, Benjamin Franklin, foi atuante em 1750. A Universidade de Harvard foi fundada em 1636. A Universidade de São Paulo, que é a mais referenciada aqui, foi fundada em 1934. Então, a ciência é muito nova entre nós."

A pesquisa foi feita com homens e mulheres com idade acima de 16 anos, em 16 estados brasileiros. Foram feitas 2.004 entrevistas entre os dias 25 de novembro e 9 de dezembro do ano passado. Em média, os entrevistados têm 36 anos e renda de R$ 952,29. A maior parte tem o primário completo (28%), tem 50 anos ou mais (24%) e é católica (30%). Essa amostra, representativa da população brasileira, tomou por base dados do IBGE. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Com informações da Agência Brasil.

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