As empresas estão de fato usando a tecnologia em seus negócios

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Recentemente assistindo a um seminário pela web, ouço o palestrante mencionando uma grande empresa norte-americana, que oferece software como serviço (Software as a Service – SaaS), como a melhor aposta nos próximos anos, para manter e controlar a gestão dos negócios totalmente alocada na nuvem.
A tal empresa possui mais de 10 anos no mercado e também opera no Brasil há pelo menos 5 anos. Foi uma das pioneiras em disponibilizar SaaS para empresas de todos os portes e possui atualmente mais de 72 mil clientes pagantes e milhões de usuários corporativos espalhados pelo mundo, que vão desde empresas grandes até empresários individuais, sejam em hospitais, indústrias, governos, escolas e até empresas de tecnologia. Seu faturamento ultrapassou a marca de 1,4 bilhão de dólares ao final de 2010 e continua crescendo. É dispensável tentar mostrar, baseado nestas informações, que esta empresa deveria ter seu sistema rodando em muitas empresas brasileiras, mas não é o que acontece.
A taxa de aceitação e utilização da nuvem para os negócios ainda está engatinhando no Brasil, principalmente, naqueles que seriam os maiores beneficiários desta tecnologia: as pequenas empresas. Os empresários preferem acreditar que as informações estão mais seguras dentro dos computadores de seus funcionários do que em algum data-center alocado em um lugar desconhecido. Consideram os computadores e notebooks como o bem mais valioso e não têm a mínima ideia de que a invasão e roubo agora é digital e a porta de entrada é a internet.
Eu entendo que a tecnologia avança em uma velocidade muito maior do que podemos assimilar, mas ignorá-la é fatal e infelizmente assistiremos a morte de muitas empresas que não dão a devida atenção para essa nova cultura de gerir e manter os negócios.
Por incrível que pareça, estamos presenciando uma mudança que antigamente levava décadas para acontecer, do tempo que a televisão evoluía, mas continuava cumprindo seu objetivo de simplesmente oferecer uma imagem bonita, sintonia automática e controle remoto aos seus usuários.
Outro exemplo é na telefonia móvel. A principal ideia e mais básica função de um celular já não é a mais importante. Se o aparelho não tiver TV integrada, MP4, câmera, filmadora, GPS, jogos, protetor de tela animado e acesso a internet, serve para quê? Falar com outra pessoa que pode estar em qualquer lugar e em movimento. 'Não, muito obrigado. Não é este tipo de aparelho que estou procurando'.
A forma com que comunicamos e fazemos contato está mudando velozmente e fenômenos como Orkut, Facebook e Twitter podem até cair no esquecimento em alguns anos, as pessoas podem até migrar para novos fenômenos. Mas, a concepção destes serviços está formada, foi aceita por milhares de pessoas e já está sendo aplicada em sistemas de grandes empresas, mudando completamente a forma como as pessoas trocam informações e realizam novos negócios. Atualmente o avanço é tão rápido que a WEB 3.0 já está dando lugar para a Nuvem 2.0 e a importância dos computadores em nossas vidas já se expandiu para os tablets, celulares e TV digital.
Não podemos mais esperar a tecnologia virar moda ou se tornar inevitável para utilizar o que ela nos traz de melhor, que deve ser eficiência e qualidade de vida. Precisamos esquecer o quanto antes o termo: "é cultural" dos brasileiros e parar de repetir as mesmas tarefas esperando resultados diferentes, postergamos até o último momento antes de dar o próximo passo, pois tudo parece complicado demais, principalmente, no governo e no meio empresarial. Se parece difícil de entender, peça que alguém te explique, pois já estamos na fase do CaaS (Colaboração como um Serviço) e, se continuar assim, não me impressiona se chegarmos à era do HaaS (Humano como um Serviço).

Humberto A. Izabela possui 20 anos de experiência em TI, sendo 10 deles focados na informatização de pequenas e médias empresas. Criador do software, o empresário trabalhou na informatização, consultoria e suporte para mais de 30 mil empresas junto com o SEBRAE-SP, MG e PR e também com a Federação do Comércio de São Paulo. Atualmente é diretor da Promisys Soluções em Informática, produtora do Software de gestão ERP EASINESS, é também especialista para PMEs empresas pela Microsoft e Silver Solution Advisor pela Citrix.

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