Brasil vira mercado-chave para EMC nos próximos anos

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A EMC, fornecedora mundial de software e equipamentos para armazenamento de dados, deve concentrar o foco de sua estratégia no Brasil e no México neste ano, os dois principais mercados da companhia na América Latina, que hoje responde por cerca de 4% da receita global, ou seja, por cerca de US$ 400 milhões. Na análise do vice-presidente da EMC para América Latina, Octavio Osorio, a região, em especial o Brasil, tem sido favorecida pelo bom desempenho da economia. Segundo ele, somente no primeiro trimestre deste ano a expansão da EMC no mercado latino-americano foi de 20%, o que o coloca como o de maior crescimento global da empresa.

Neste cenário, o Brasil não é apenas o mercado mais importante da América Latina, mas também onde estão as maiores oportunidades de negócios. “Todos querem estar no Brasil. As oportunidades são imensas”, comentou Osorio, durante almoço com jornalistas da região, em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde ocorreu o EMC World 2012, evento anual, que reúne parceiros de negócios, analistas e clientes da empresa.

O executivo lança mão de um estudo da consultoria IDC o qual aponta que a participação a EMC no mercado de armazenamento é de 31,8%. “Estamos crescendo e nossa meta é manter o ritmo. Seguramente vamos aumentar esse percentual”, garante. De acordo com ele, os setores de finanças e governo foram os responsáveis pelo bom desempenho da empresa na América Latina. Ele observa também que as médias empresas vêm tendo um peso cada vez maior na receita da empresa na região.

De olho no pré-sal

O carro-chefe da estratégia da companhia no mercado latino-americano serão os sistemas de armazenamento de dados em rede NAS (network attached storage), especialmente da linha Iomega, divisão da EMC focada no de pequenas e médias empresas, segundo o vice-presidente da o grupo de plataformas de armazenamento de dados da EMC Corp., Joel Schwartz. Ele corrobora a visão segundo a qual a América Latina e o Brasil oferecerão boas oportunidades de negócios nos próximos cinco anos. No caso do Brasil, ele destacou a Copa do Mundo em 2014 e a quantidade de contratos que precisam ser cumpridos até a data dos jogos. "É muito importante para nós estarmos prontos para atender o mercado da América Latina."

Schwartz ressalta também a escolha do Rio para sediar o primeiro centro de pesquisas na América Latina da EMC, como parte do plano da companhia de investir R$ 100 milhões nos próximos cinco anos em projetos em todo o Brasil. O centro, que terá sede na Ilha do Fundão, na capital fluminense, dentro do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), terá como foco o mercado de big data, seguindo a estratégia global da empresa.  “O armazenamento e processamento de  grande volume de informações é fundamental em áreas como petróleo e gás, geologia e outras”, diz ele, dando a entender que a exploração do pré-sal também pesou na escolha do Rio.

O executivo observa que a expansão da presença no Brasil demonstra um comprometimento estratégico com o mercado brasileiro e, de maneira mais ampla, com toda a América Latina. Ele cita os investimentos realizados na produção de equipamentos do Brasil como forma de comprometimento com o mercado local.

*O jornalista viajou a Las Vegas a convite da empresa.

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