O CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, não deve estar muito preocupado com a forte desvalorização das ações da empresa na bolsa eletrônica Nasdaq, desde que realizou oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na semana passada, 18. O empresário, de apenas 28 anos, embolsou US$ 1,1 bilhão com a transação efetuada na sexta-feira, 18. O valor é resultante da venda de 30,2 milhões de ações de Zuckerberg, comercializadas a US$ 37,58 cada.
Embora seja um dos empresários mais bem-sucedidos do Vale do Silício, antes da abertura do capital não era possível ter a noção real de seus ganhos, pois não eram públicos. A cifra é extraordinária, mas é apenas uma parte do que ele possui. Zuckerberg ainda é dono de 503,6 milhões de ações da companhia, o que equivale a US$ 16,1 bilhões, se levado em conta o valor atual dos papéis – que gira em torno dos US$ 32. O Facebook disponibilizou mais de 420 milhões de ações no mercado de capitais. A fortuna poderia ser ainda maior, já que no IPO as ações do Facebook chegaram a valer US$ 43.
A queda das ações, no entanto, fez o Facebook cogitar a possibilidade de abandonar a Nasdaq e começar a cotar na New York Stock Exchange (NYSE). A informação foi dada pela rede de televisão CNBC, que indicou que vários diretores da NYSE – operadora da Bolsa de Nova York – já fizeram a proposta à companhia, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
No entanto, uma porta-voz da NYSE disse na quinta-feira, 24, a agências internacionais que, por enquanto, não houve discussões com o Facebook sobre o ''teor do ocorrido na semana passada''.