Uma startup de Campinas tem ajudado famílias que recebem entre um a seis salários mínimos a encontrar uma casa para morar. Por meio de uma plataforma digital, que dispensa aluguéis adiantados, fiança ou seguro dos locatários, essas pessoas podem alugar um imóvel. Além disso, em suas análises não são considerados dados do Serasa ou do SPC. O aplicativo Alpop – Aluguel Popular – tem fundo garantidor próprio, que se responsabiliza pelo pagamento para o proprietário, mesmo não sendo fiador nem seguradora.
Formada por três grupos empresariais – Caiena, Urbem e Arap Nishi & Uyeda – a startup ainda promove a regularização de pequenos imóveis, a facilidade do fechamento de negócio para o proprietário e a garantia de seu rendimento.
Para que os contratos sejam firmados, a startup do Alpop traça o perfil de renda do locatário a partir do histórico de despesas do CPF. Apesar de não considerar os dados do Serasa ou do SPC, são verificados eventos financeiros e comerciais como ações de despejo, contratos de locação realizados anteriormente e ficha criminal, para estabelecer o escore de riscos.
"Durante a pesquisa inicial que fizemos, identificamos que a moradia está entre as prioridades da população de baixa renda. Por consequência, é o primeiro compromisso financeiro honrado no mês. Outros estudos também nos mostraram que as taxas de inadimplência do público com quem trabalhamos – quando se trata de moradia – são baixíssimas. Hoje, já tendo contratos fechados, essa estimativa se confirma", explica Lilian Veltman, diretora executiva da startup.
Inicialmente com casas e apartamentos em Campinas e em São Paulo, a plataforma digital de locação de imóveis populares prevê sua atuação em todo o território nacional até o final de 2020.