O uso de dispositivos móveis na área da saúde é crescente, bem como o nível de informatização. As informações sobre pacientes, que antes eram colocadas no papel, agora são digitalizadas para fácil acesso do médico. Contudo, isso não é o suficiente para melhorar e tornar mais ágil o atendimento em hospitais e clínicas médicas. Estudo da IDC aponta que os gastos com tecnologia móvel voltada a área de saúde (mobile health ou m-health) nos Estados Unidos, incluindo software, hardware e serviços de TI, devem crescer de US$ 2,9 bilhões, em 2011, para US$ 5,4 bilhões, em 2016.
Ainda não há estudos sobre esse mercado no Brasil, mas a tendência é que haja um crescimento da mesma ordem. Apesar disso, do mesmo modo que para o restante do mundo, o uso de dispositivos móveis por si só não ajudará a melhorar a qualidade de vida dos pacientes que são atendidos em clínicas e hospitais. A avaliação é do gerente de Tecnologia e Inovação da Philips Healthcare, Rafael Patrício, durante workshop realizado nesta quarta-feira, 25, no Forum Mobile+, em São Paulo, evento promovido por TI INSIDE, TELETIME E MOBILE TIME e organizado pela Converge Comunicações.
"A usabilidade dos dispositivos é fundamental para melhorar o trabalho", destacou Patrício, enfatizando que os recursos se tornam críticos para essa usabilidade. "Quando se tem muita informação sem filtro, não ajuda. A mobilidade sozinha não ajuda nos processos médicos, e sim sua aplicação." O executivo destacou que a Philips oferece uma solução completa e integrada que inclui desde o prontuário eletrônico do paciente até equipamentos integrados para monitoramento. "Oferecemos equipamentos com sistemas que conversam entre si. Isso permite ações pró-ativas, por exemplo, para avisar o médico sobre um sinal vital irregular do paciente", explicou .
Com mais de 600 clientes no Brasil, entre hospitais e clínicas, as soluções da Philips atendem importantes instituições de saúde como os hospitais Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, São Luís e Samaritano. Ainda assim, mesmo que todos os clientes utilizem o sistema de prontuário eletrônico, nem todos adotam o sistema integrado. A resistência, segundo Patrício, é à complexidade da informatização que esses sistemas geram. "Em um sistema muito grande, com informação de prontuário, sinal do paciente, comunicação com farmácias etc., terá uma parametrização muito complexa, e é preciso ter alguém disposto a habilitar isso. Falta o hospital ou a clínica se prepararem para receber isso."