Depois de assinar carta de intenção de compra da BlackBerry por US$ 4,7 bilhões, na última segunda-feira, 23, o consórcio liderado pela Fairfax Financial saiu em busca de linhas de financiamento de longo prazo. O grupo espera levantar mais de US$ 1 bilhão em empréstimos de instituições financeiras. Segundo relatos de pessoas familiarizadas com as negociações ao jornal canadense The Globe and Mail, o CEO da empresa, Prem Watsa, entrou pessoalmente em contato com diversos fundos de investimento e de pensões do Canadá e dos Estados Unidos a fim de obter apoio financeiro.
De acordo com as mesmas fontes, até agora apenas uma instituição financeira considerou seriamente integrar o consórcio por meio de financiamento — o fundo canadense Ontario Teachers' Pension Plan (OTPP). Watsa também estaria contando com mais de US$ 3 bilhões em empréstimos bancários, além da participação de um fundo, que entraria com US$ 1 bilhão, e dos 10% da participação da Fairfax na BlackBerry, o que equivale a aproximadamente US$ 470 milhões.
O jornal canadense diz ainda que a decisão de venda foi dolorosa para a BlackBerry que, após várias negociações com a Fairfax, decidiu acelerar as discussões na última sexta-feira, 20, após o anúncio de uma perda contábil de US$ 1 bilhão no segundo trimestre do ano fiscal de 2014. O receio diante da queda contínua do preço das ações foi o impulsionador, segundo pessoas próximas à empresa.
Conforme os termos do acordo, a Fairfax pode desistir da compra caso fique insatisfeita com a avaliação dos dados financeiros e operacionais da BlackBerry.