A Vivo anuncia nesta segunda-feira, 25, seus resultados do terceiro trimestre, com destaque ao lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, aumento de 9,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida total foi de R$ 12,2 bilhões, alta de 10,6%; no acumulado do ano, valor chega R$ 35,4 bilhões, evoluindo 8,8%. O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 5 bilhões, crescimento de 12,3% na comparação anual, com margem de 40,6%.
O desempenho financeiro da Vivo no trimestre resulta de uma estratégia focada nos negócios core – compostos por fibra, serviços móveis e digitais, aparelhos e acessórios – que representam 92% da receita total da companhia, com crescimento de 13,8%. A empresa ainda destaca sua base de clientes, com 112 milhões de acessos, um aumento de 14,6%. Os investimentos realizados somaram expressivos R$ 2,6 bilhões, alta de 20,2%, direcionados ao reforço da rede móvel, com destaque para a ativação do 5G nas capitais, além do investimento na expansão da rede de fibra.
"Nesse trimestre, mantivemos o crescimento e evoluímos em todas as linhas de negócios, com resultados consistentes em receita, lucro, Ebitda e excelente geração de caixa. A eficácia da nossa gestão elevou os níveis de investimentos em fibra, cobrindo hoje mais de 22 milhões de domicílios, e acelerou a expansão da rede móvel, com a ativação do 5G em todas as capitais", explica o presidente da Vivo, Christian Gebara. "Com as principais tecnologias de conectividade, abrimos caminho para uma operação mais eficiente da nossa plataforma de serviços, com a ampliação e desenvolvimento de novas soluções digitais às pessoas e empresas", completa Gebara.
A receita móvel total alcançou R$ 8,5 bilhões, alta de 14,7%. O segmento pós-pago segue em destaque, com faturamento de R$ 6,2 bilhões, valor 12% superior no comparativo anual. A empresa encerrou o trimestre com uma base pós-paga de 57 milhões de acessos, crescimento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A base pré-paga chegou a quase 40 milhões de acessos e receita de R$ 1,5 bilhão, aumento de 21,5%. A venda de smartphones compatíveis com o 5G e a ampla oferta de acessórios contribuíram para um incremento de 25,9% na receita de aparelhos.
Na rede fixa, a receita segue crescendo e registrou R$ 3,7 bilhões, com alta de 2,1%, impulsionada pela expansão da rede FTTH – tecnologia que leva a fibra para dentro da casa do cliente – cuja receita aumentou em mais de 20% na comparação anual. Nos últimos doze meses, a Vivo expandiu essa rede para 71 novas cidades, conectando quase 1 milhão de casas e empresas, acumulando 5,3 milhões de domicílios conectados. A infraestrutura FTTH da Vivo é considerada a maior da América Latina, cobrindo 22,3 milhões de residências e empresas em 380 cidades brasileiras.
Gestão financeira
O forte desempenho operacional e a gestão financeira eficiente da Vivo continuam suportando o crescimento sustentável da companhia, que encerrou os nove meses de 2022 com uma geração de caixa de R$ 6,5 bilhões.
Ao falar de remuneração ao acionista, a Vivo também se destaca. Nos últimos doze meses, o valor bruto dos proventos declarados foi de R$ 3,40 por ação, o que representa um dividend payout de 113% e um dividend yield de 9,2% no ano, considerando as recompras de ações. A empresa recomprou R$ 144 milhões em ações no terceiro trimestre por meio do Programa de Recompra de Ações, o qual está em vigor até dia 22 de fevereiro de 2023. No acumulado do ano, essa remuneração já chega a R$ 3,8 bilhões.
"O forte desempenho operacional da Vivo, aliado a iniciativas de eficiência, levaram à expansão da rentabilidade, refletindo a robustez do nosso modelo de negócio. Nossa expressiva geração de caixa nos permite investir continuamente em serviços digitais, fibra e expansão do 5G, diferenciando os ativos e a proposta de valor da companhia", comenta David Melcon, Chief Financial Officer (CFO) da Vivo.
Negócios digitais
A Vivo vem se fortalecendo como plataforma de distribuição de produtos e serviços digitais em diversos segmentos como financeiro, educação, saúde, entretenimento, casa inteligente e mercado corporativo.
No trimestre, o destaque é para o Vivo Money, serviço de crédito pessoal para clientes pós-pago e controle, que encerrou o mês de setembro com cerca de R$ 160 milhões de crédito concedido desde o seu lançamento. O valor mensal de crédito originado aumentou em 8,3 vezes e o número mensal de novos contratos cresceu 5,5 vezes em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
No segmento corporativo, nos últimos doze meses, os serviços digitais – como cloud, cibersegurança, IoT, big data, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI – geraram cerca de R$ 2,5 bilhões em receitas, um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Recentemente, a Vivo anunciou a aquisição da Vita IT, empresa integradora de soluções para companhias de diferentes portes, provendo serviços profissionais e gerenciados de networking, com soluções que melhoram o desempenho e confiabilidade da rede, bem como a revenda de hardware e software. A operação fortalece o ecossistema digital da companhia e promove a combinação de recursos e capacidades da Vivo com a experiência e posicionamento estratégico da Vita IT com clientes e fornecedores, viabilizando a criação de iniciativas em maior escala e de forma sustentável, além de possibilitar o crescimento de receitas e melhorar a margem do negócio. A iniciativa consolida a Vivo como referência nacional em serviços gerenciados e serviços profissionais para o segmento B2B.
O Vivo Ventures, fundo de Corporate Venture Capital, realizou o seu primeiro investimento na Klavi, no valor de US$ 3 milhões. A empresa investida é uma fintech que oferece soluções de Open Finance através de uma plataforma SaaS (software as a service), utilizando inteligência de dados que permite aos clientes o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros com mais rapidez e precisão.
Atuação ESG
A Vivo apresenta uma estratégia ESG (Ambiental, Social e Governança) que visa a assegurar o compromisso de crescer de maneira sustentável com ética e integridade.
Na esfera ambiental, a Vivo reafirmou sua atuação em prol do meio ambiente por meio da adesão ao "Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade", iniciativa proposta pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) com metas voltadas à conservação e uso sustentável dos recursos naturais. Em energia, a companhia conquistou a recertificação ISO 50.001 (Sistema de Gestão de Energia) e em seu Programa de Geração Distribuída, encerrou o trimestre com 42 usinas em operação, das 85 planejadas até 2023.
No Social, a companhia ressalta o Dia dos Voluntários, que aconteceu em setembro em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, mobilizando oito mil colaboradores em ações realizadas em 61 entidades, beneficiando cerca de 37,6 mil pessoas de 49 cidades brasileiras. Educação foi a principal causa atendida, em linha ao compromisso da Fundação em apoiar a digitalização da educação pública. Em Diversidade, a empresa abriu inscrições para o Programa Trainee 2023, que contará com, no mínimo, 30 vagas para São Paulo, sendo 50% delas destinadas para pessoas negras.
Na frente de Governança, foi anunciado o Novo Plano de Incentivo de Longo Prazo, que inclui ações teóricas (phantom shares) da companhia (VIVT3) na remuneração dos executivos. Dessa forma, o incentivo é vinculado à criação de valor aos acionistas e ao alcance sustentável dos objetivos estratégicos com base em indicadores como o Total Shareholders Return (TSR), Free Cash Flow (FCF) e Neutralização e Redução de Emissões de CO2.
Consolidando seu desempenho ESG, a Vivo alcançou 86 pontos na Global Corporate Sustainability Assessment (CSA), realizada pela S&P e referência para composição do Dow Jones Sustainability Index, edição 2022, ficando entre as dez mais sustentáveis do setor. A companhia aderiu, ainda, à Ambição 2030 do Pacto Global da ONU Brasil, iniciativa voltada a ampliar o engajamento das empresas na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).