SAP tem melhor resultado dos últimos 40 anos, mas Brasil fica atrás na AL

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A SAP registrou lucro líquido de 1,19 bilhão de euros no quarto trimestre de 2011, o que representa um crescimento de 176% na comparação com o  mesmo período do ano anterior.  O lucro no ano praticamente dobrou, com alta de 90%, contabilizando 3,44 bilhões de euros, já descontados os impostos. A receita no último trimestre foi de 4,49 bilhões de euros, elevação de 14% em relação ao registrado entre outubro e dezembro do ano anterior. No acumulado de 12 meses a receita atingiu 14,23 bilhões de euros, expansão de 14% na mesma base de comparação.

A receita com a venda de software teve alta de 16% no último trimestre, chegando a 1,74 bilhão de euros. Quando somados os serviços relacionados a software, o total aumenta para 3,72 bilhões de euros, crescimento de 14% na comparação trimestral anual.

O bom desempenho foi atribuído à consolidação da empresa em todas as linhas de negócio. A SAP vive uma grande fase e, nas palavras do diretor financeiro, Werner Brandt, "está bem posicionada para exceder a meta de receita de 20 bilhões de euros em 2015". Ele ressaltou que, mesmo com as incertezas econômicas na zona do euro, a companhia teve seu melhor resultado dos últimos 40 anos.

Resultado regional

No resultado por região, o Brasil ficou atrás da maioria dos países da América Latina no ano passado. Enquanto Argentina, Peru, Colômbia e Chile tiveram os melhores desempenhos na história da companhia, a subsidiária brasileira registrou alta de apenas 9% no faturamento — excluindo os resultados da Sybase. De acordo com o presidente da SAP Brasil, Luís César Verdi, o crescimento mais modesto já era esperado. "O plano de aceleração dos resultados do Brasil para cinco anos, traçado em 2009, fez com que o ano de 2010 fosse espetacular, com cerca de 30% de crescimento. Por isso, na comparação de 2011 com o ano anterior, estivemos dentro do esperado", observa.

Verdi ressalta que a unidade brasileira está entre as cinco maiores receitas da empresa, atrás somente dos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Rússia. A meta, segundo ele, é estar entre as três maiores subsidiárias até 2014 e triplicar a receita, mesmo sem ser prioridade de investimentos da companhia. "O fato de a China ser o foco da SAP e receber altos investimentos é excelente para nós, porque o país é o nosso principal parceiro comercial", analisa Verdi. O Brasil respode por cerca de 4% da receita global da SAP e por metade da receita da América Latina.

O executivo conta que a SAP Brasil conquistou 338 novos clientes no ano passado, o que elevou sua carteira para mais de 3,5 mil empresas. Destas, 70% são pequenas e médias empresas, que continuarão sendo o foco das novas soluções e investimentos da fabricante de software neste ano.

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