A Telefónica apresentou, no MWC, o primeiro protótipo de uma rede de acesso aberto (Open Access) em um cenário de tripla convergência de fixo, móvel e computação de borda, para facilitar a incorporação de novos provedores de tecnologia de rede e a prestação de novos serviços.
A Telefónica está avançando na desagregação e virtualização dos equipamentos da rede de acesso, tanto móvel (open radio node) como fixa (open OLT), e dos equipamentos nas instalações do cliente, que estão sendo projetados como uma caixa-branca com serviços integrados na nuvem.
Esse protótipo representa o modo como a Telefónica entende o futuro ecossistema de telecomunicações para implantação das redes 5G, as de fibra com tecnologia XGS-PON, e os equipamentos domésticos dos clientes, de maneira sustentável. Nessa estratégia também está incluída a visão da computação de borda multi-acesso no marco de seu programa global de virtualização de rede, o UNICA.
O protótipo é baseado na desagregação de hardware e software de equipamentos de rede, em servidores de uso geral e na abertura de interfaces. Tudo isso oferece total flexibilidade ao selecionar os componentes da rede, facilitando as alternativas de fornecimento e inovação, o que, por sua vez, permite futuras implementações mais eficientes do 5G.
A abertura do nó de acesso via rádio possibilita a execução de implantações tradicionais (distribuídas) e em nuvem (centralizadas) e a incorporação de melhorias tecnológicas, com o mesmo equipamento, simplesmente atualizando o software dos nós de rádio.
Em relação à rede de acesso fixo, essa abertura permite que novos recursos sejam oferecidos ao cliente. Por exemplo, é possível autoprovisionar o acesso à fibra e autogerenciar a capacidade da rede de acordo com a largura de banda necessária em cada momento.
Além disso, toda essa inovação representa um passo importante no contexto da convergência fixo-móvel, uma vez que permite o controle e o gerenciamento conjunto das redes de acesso e habilita a incorporação da tecnologia de computação de borda de forma integrada na infraestrutura.
O Open Access também chega à casa do cliente com um novo roteador, o primeiro a integrar o Wi-Fi 6, que melhora a cobertura e atinge velocidades de 10 Gbps.
A nova arquitetura de rede de acesso aberta e distribuída permite não apenas melhorar o desempenho dos serviços atuais, mas também introduzir novos aplicativos que se beneficiarão da Computação de Borda. Comparada com os sistemas tradicionais de armazenamento e computação em nuvem ou servidores tradicionais, o Edge Computing oferece o melhor dos dois mundos e permite executar esses recursos na borda da rede, ou seja, em seções de rede mais próximas aos dispositivos que geram os dados, como uma central telefônica.
Essencial para o desenvolvimento da Internet das coisas, a Computação de Borda fornece, em tempo real, a largura de banda e a baixa latência (entre 3 e 5 milissegundos) necessárias a muitos serviços e aplicativos, como vídeos 8K, realidade virtual e aumentada, jogos de vídeo por streaming, internet táctil, a robótica ou veículos autônomos.
A implantação do Edge Computing com acesso aberto e virtualização de suas redes permitirá à Telefónica oferecer novas experiências aos clientes, pela possibilidade de programar a conectividade e gerenciar determinados dispositivos, serviços, locais ou necessidades específicas de conectividade em diferentes setores, de um modo diferenciado. Ao mesmo tempo, dependerá de uma eficiência interna significativa, tanto na prestação de determinados serviços de comunicação já existentes como em termos de redução de custos com a rede e com sua gestão de tráfego.