Os investimentos em tecnologia da informação na América Latina devem crescer 13% neste ano, taxa que, se confirmada, representará uma expansão significativamente maior que a dos Estados Unidos (com 7%) e a União Européia (5%), de acordo com o estudo Latin America Black Book 2007, divulgado nesta terça-feira (26/6) pela IDC Latin America, por meio de teleconferência para a imprensa.
A região, que representa apenas 3,3% do mercado mundial, só deve perder para países como a Índia, que vai aumentar seus gastos em TI em 25%, Turquia, cuja previsão é responder por 27% dos aportes, e a China, que deverá ser responsável por 16% dos investimentos globais.
De acordo com o estudo, o Brasil responderá pela maior parcela dos gastos totais da região, com 46%, seguido pelo México, com 23%, e a Argentina, com apenas 6%. A previsão é que o país feche o ano com um crescimento superior a 15% (em dólar) em suas compras de TI.
Segundo o gerente do grupo central de pesquisas da IDC Latin America, Emerson Gibin, a exceção da Argentina, os investimentos dos países latino-americanos são decorrentes de fatores como o crescimento estável das economias e da popularização de produtos como PCs, impressoras e handhelds, que deram um grande impulso ao mercado de TI da região. Somente as vendas de computadores aumentaram quase 20% em 2006, segundo ele.
Apesar do forte crescimento do chamado mercado de consumo, a maior parte das receitas, segundo Gibin, virá do mercado corporativo. As empresas de grande porte (de 500 a 999 funcionários) e as muito grandes corporações (com mais de mil funcionários) serão as que investirão mais em TI na América Latina. Entretanto, observa ele, as pequenas e as médias empresas são as que vêm aumentando de forma mais rápida os gastos com tecnologia na região. Enquanto a grandes e muito grandes corporações devem apresentar crescimento anual médio de 13% e 9,1%, respectivamente, para os próximos quatro anos, as PMEs aumentarão seus gastos em 15,9% e 16,5%.
Para 2009, a IDC prevê que as médias empresas devem elevar significativamente os gastos com TI no mercado latino-americano, superando, pela primeira vez, o segmento de grandes e muito grandes corporações.