Entraves emperram competitividade do setor de TI, aponta estudo

0

Principal mercado de TI na América Latina, o Brasil movimentou no ano passado US$ 23 bilhões com a exportação de serviços de TI e software, segundo estudo encomendado à consultoria Prospectiva pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). O objetivo foi traçar um panorama sobre o ambiente de negócios de TI no Brasil e demais países da América Latina, tais como Argentina, México, Colômbia, Chile e Costa Rica.

O relatório aponta que o país está bem posicionado no mercado de serviços de TI devido a alguns fatores, tais como possuir os menores encargos da América Latina atualmente, devido principalmente à desoneração da folha de pagamento, além de ter um grande número de empresas nacionais internacionalizadas, o que certamente ajudará a impulsionar ainda mais as exportações.

Outro aspecto que tem contribuído para o bom desempenho do Brasil é o fato de contar atualmente com políticas de incentivo para o setor de tecnologia da informação e comunicações (TIC) como benefícios fiscais para parques tecnológicos e incubadoras, iniciativas públicas e privadas para capacitação profissional, além de investimento estatal e privado na universalização da banda larga.

Apesar do ambiente favorável, o país ainda enfrenta alguns entraves à expansão do setor de TI, tais como altos custos com energia elétrica (US$ 0,34 por Kw/h) e desequilíbrio entre oferta e demanda, além da escassez de mão de obra qualificada. De acordo com a pesquisa, embora o Brasil tenha a maior força de trabalho do setor, seguido do México, o número de pessoas formadas ainda é menor do que a oferta de empregos. Atualmente, 1,2 milhão de profissionais atuam em TI no país, enquanto 85 mil pessoas se formam em áreas relacionadas à TIC por ano.

A carga tributária do país também é apontada como obstáculo para a competitividade e o desenvolvimento do setor de TI, apesar de a alíquota do imposto de renda de 25% ser considerada baixa em relação aos demais países da América Latina, perdendo somente para o Chile, cuja alíquota é de 15%. Na Costa Rica e no México, por exemplo, o imposto é de 30% , enquanto na Colômbia é 33% e na Argentina, 35%.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.