Os tablets começam a mostrar maior presença nas residências brasileiras, ainda que de forma mais complementar a outros aparelhos, como computadores desktops e notebooks, de acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2013 do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação sob os auspícios da Unesco (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O estudo, divulgado nesta quinta, 26, mostrou que a proporção de domicílios com tablets triplicou de 2012 para 2013, quando apresentou 12% de penetração. Ainda é um número abaixo de outros aparelhos considerados pela entidade, como computadores (que, além de tablets, são PCs desktops, notebooks e netbooks). Os PCs têm penetração de 63% e os computadores portáteis têm penetração de 57%.
Considerando a amostragem de residências por classe social, 34% da classe A possui tablets, 15% da classe B, 8% da classe C e 7% das classes D e E. Os domicílios urbanos possuem mais tablets, com penetração de 13%, contra 8% na área rural. Vale notar que a região Nordeste possui o mesmo percentual (13%) que as regiões Sudeste e Norte.
Pela primeira vez, o Cetic.br abriu a proporção de domicílios que possuem apenas um tipo de computador. Enquanto os aparelhos de mesa são maioria (39%), os notebooks chegam perto, com 32%. As residências que possuem apenas tablets são minoria, com 1%, mas isso não significa pouca penetração do aparelho. Do total, 27% dos domicílios possuem mais de um tipo de computador, ou cerca de 8,4 milhões de casas.
"O computador portátil, e mesmo o fixo também, ainda tem demanda. Talvez a questão do tablet seja uma tecnologia muito mais complementar aos dispositivos do que um (produto) que vá roubar espaço", analisa o coordenador de pesquisa do Cetic.br, Winston Oyadomari. "Algumas políticas públicas acontecem: tivemos incentivos, políticas industriais, para produção de tablet e, na medida em que o preço do dispositivo cai, isso tende à massificação", lembra o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, citando a desoneração desses aparelhos construídos no Brasil. "A curva certamente será exponencial e tende a ser muito grande por questão da portabilidade", complementa.