Em meio à pandemia de COVID-19, os brasileiros estão cada vez mais contando com a tecnologia para resolver questões do dia a dia. Situações como bancos com horários reduzidos e o fechamento do comércio provocaram o aumento das transações digitais. No setor público, o uso de um aplicativo para garantir os pedidos de auxílio emergencial do governo federal ressalta a urgência por uma sociedade conectada.
Neste momento estamos descobrindo e usando a inovação para simplificar processos que demandavam deslocamentos e horas ou até dias de dedicação e espera. Em um clique, o comportamento do consumidor mudou e, finalmente, a vida dele está se tornando menos burocrática. Em meio a um cenário de incertezas e fragilidade, temos uma notícia positiva: sairemos da crise com mais brasileiros identificados digitalmente. Por mais que pareça algo de outro mundo, essa já é uma realidade na Estônia desde os anos 1990, por exemplo.
A Acesso Digital foi criada para simplificar a relação das pessoas com as empresas por meio da identidade digital. A demanda por nossas soluções de admissão digital, assinatura eletrônica e reconhecimento facial está crescendo em áreas como aviação, varejo, logística e e-commerce e iniciando em outras que ainda não atuávamos, como na saúde e na telemedicina.
Não podemos esquecer do porquê de nossa presença: garantir a proteção dos dados. Por isso, entendemos que também é o momento de a tecnologia contribuir para que a distribuição de renda seja feita de forma rápida, segura e para as pessoas certas. Nos unimos à CUFA (Central Única das Favelas) no movimento Mães da Favela, doando a tecnologia de reconhecimento facial para o cadastramento de mais de 50 mil mulheres em todo o Brasil, que estão recebendo um auxílio mensal de R$ 120 em um momento tão importante.
No caso do auxílio do governo federal, o noticiário tem mostrado como algumas pessoas estão se aproveitando da situação para cometer fraudes. Enquanto assalariados conseguem receber o benefício, ainda que não tenham direito, quem realmente deveria recebê-lo precisa provar sua existência diante da falta de digitalização e unificação de cadastros.
Com a tecnologia, detectar fraudes é algo simples. No setor privado, por exemplo, é possível identificar transações suspeitas em pedidos de concessão de crédito. Dados da Acesso Digital mostram uma alta de 166% nas tentativas de fraude nos cinco primeiros meses de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. Coibir ações que lesam os cofres públicos também é viável.
Os desafios estão dos dois lados. Enquanto a sociedade está cada vez mais digital, as empresas e os governos que não passaram pela mesma transformação estão correndo contra o tempo em busca de soluções rápidas para atender a demanda e buscando manter sua própria sobrevivência. Estamos a todo o vapor para que essa revolução possa chegar a todos os brasileiros.
Diego Martins, CEO e fundador da Acesso Digital.