Celular pode ser alternativa à segurança de transações feitas com PCs, diz especialista

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Mais do que possibilitar aos correntistas realizar operações bancárias pelo celular, o mobile banking – ou m-banking, como também é chamado – se mostra como uma alternativa à segurança de transações realizadas por meio de computadores, frente ao crescimento das ameaças cibernéticas. É o que defende o diretor de tecnologia da BRToken, Alexandre Cagnoni, que participou nesta quarta-feira, 26, do Fórum Mobile+, em São Paulo, evento organizado pela Converge Comunicações que edita este noticiário.

Segundo ele, o uso de um canal único para transações online aumenta os riscos de ataque de um malware, seja em PCs ou smartphones. Apesar da preocupação de empresas e usuários finais com fraudes em celulares, Cagnoni sugere que o aparelho seja utilizado como suporte ao m-banking, com aplicativos de segurança associados. "Riscos à segurança em smartphones sempre existirão. A primeira ameaça foi detectada antes mesmo de muitos bancos lançarem aplicativos para essas plataformas, em 2010", argumenta.

A proposta de Cagnoni de uso de celulares como ferramenta adicional às chaves de segurança no internet banking vai ao encontro das recomendações propostas pelo Conselho Federal de Examinação de Instituições Financeiras dos Estados Unidos (FFIEC, na sigla em inglês). Após detectar o desvio de US$ 1,5 milhão de contas de correntistas do país para a China, em apenas dois meses, por meio de fraudes na web, o órgão recomendou aos clientes e aos bancos o uso de dupla autenticação em canais diferentes na realização de transações a fim de diminuir riscos. "Por ser um dispositivo conectado portátil, o celular se mostra como alternativa viável", defende Cagnoni.

Para o executivo, o primeiro passo para estimular o m-banking é promover uma interface amigável e adotar procedimentos simples, porém, seguros."É importante que mecanismos de m-banking aliem segurança e usabilidade, pois é isso que fará crescer o uso dessa modalidade de operação no país", explica. Duas possibilidades apresentadas por soluções da BRToken englobam notificações push, comuns no sistema iOS, do iPhone, e leitores de QR Code.

Riscos do Android

No que diz respeito ao sistema operacional Android, do Google, que equipa a maioria dos smartphones em uso hoje no mercado mundial, Cagnoni faz um alerta. "Esse sistema operacional ajudou na popularização de uso de smartphones e tablets, mas é um código tão aberto que praticamente todos os dados são manipuláveis", afirma.

Ele compara o tempo de aprovação de um aplicativo em lojas da Apple e do Blackberry, que chega a mais de duas semanas devido a testes e verificações preventivas, com o do Android Market. "No dia seguinte ao enviar um app, ele já se torna disponível para download. Isso é um risco. Ou o teste da equipe do Android é excelente e ultraveloz, ou ele nem acontece", questiona.

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