Cerca de 10% das bolsas de capacitação do Plano TI Maior serão do Cesar

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Uma das metas do Plano TI Maior, pacote de incentivos do governo federal para estimular a cadeia de software nacional, é a capacitação de 50 mil novos profissionais até 2014. Em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) também fará parte do programa, com a elaboração de cursos de educação presencial e a distância, que passarão a ser oferecidos no início do ano que vem.

Segundo o cientista-chefe do Cesar, Silvio Meira, um protocolo de intenções já foi assinado para que o instituto de inovação receba ao menos 10% dos recursos parta bolsas de estudo bancadas pelo governo federal. A quantidade exata de vagas e as áreas específicas de desenvolvimento de software ainda estão sendo definidas, mas é certo que os alunos poderão ser de qualquer região do país e não apenas do nordeste.

A gerente de relações institucionais do Cesar, Cláudia Cunha, explica que o centro também atuará em outros tópicos do plano, à medida que já faz parte do trabalho da organização o incentivo para desenvolvimento de negócios e na criação de startups inovadoras. "Estamos em um arcabouço jurídico. Somos um centro privado, sem fins lucrativos, portanto, não nos enquadramos nem no conceito de empresa nem tampouco no de instituição governamental. Mesmo assim, conseguimos atuar junto às autoridades na defesa do setor, promovendo a inclusão de centros de inovação em políticas de incentivo de software", explica a executiva. Ela se refere à proximidade dos funcionários do Cesar aos canais de negociação com o governo, acompanhando as movimentações do setor e garantindo nos textos dos programas a possibilidade de inclusão da organização.

No caso do Plano TI Maior, Claudia conta que um dos interesses do Cesar foi contemplar áreas-chave nas quais o instituto atua, como mobilidade, educação e saúde. "Não iremos trabalhar apenas como 'escola de formação', mas na estruturação de modelos de negócio em cima de ideias inovadoras ", conta. Após esta etapa, o centro dará subsídio para o spin-off (separação) da solução como formação de uma startup independente, no início com participação do Cesar e, posteriormente, será vendida ou terá investimentos externos. Essa é a diretriz atual do centro e deve se intensificada com o investimento do governo federal.

*A jornalista viajou ao Recife a convite do Cesar.

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