Inteligência de Dados precisa chegar ao dia a dia dos funcionários, defende especialista

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A tomada de decisões baseadas em fatos tem o poder de alavancar tanto a macroestratégia quanto às atividades operacionais, mas as organizações ainda subutilizam o valor dos dados. Conforme uma pesquisa divulgada pela Alteryx, conduzida pela Coleman Parkes com 2,8 mil líderes de negócios, enquanto quase metade das decisões estratégicas levam até um mês para se concluir, em praticamente 10% dos casos algumas operações simples demoram dias por insuficiência de informações. "Um dos grandes problemas continua a ser os 'silos', com os dados da empresa fragmentados em muitos sistemas e muitos formatos, estruturados e não estruturados. E isso não vai desacelerar tão cedo. O volume de dados e a complexidade é um dos desafios", reconhece Paula Hansen, CRO (chief revenue officer) e presidente da Alteryx, especializada em plataformas de automação analítica "Mas acho que o maior fator limitante no momento é que as organizações não aprimoraram as habilidades de seus funcionários para se tornarem profissionais analíticos", enfatiza.

Além da qualidade das funções de preparação dos dados, machine learning e outras capacidades da plataforma, o retorno de investimento se realiza mais facilmente com a utilização ampla da Inteligência de Dados, segundo a especialista. "Se a análise for fácil o suficiente para as pessoas de RH, finanças, vendas e marketing, as decisões poderão acompanhar a movimentação dos negócios. É claro que ainda há um papel que os cientistas de dados devem desempenhar. Eles querem trabalhar nas decisões mais complexas, provavelmente nas decisões mais estratégicas de longo prazo, e não nas decisões do dia a dia", argumenta.

CFOs lideram adoção de analytics

Hansen observa que, entre os cerca de 8 mil clientes globais da Alteryx, os projetos relacionados à inteligência analítica muitas vezes envolvem várias iniciativas e interlocutores dentro de uma mesma companhia. "Em clientes como a Coca Cola, estamos envolvidos em auditoria, finanças, impostos, cadeia de suprimentos, marketing e uma ampla gama de casos de uso. São milhares de usuários usando inteligência geoespacial, modelagem preditiva, manutenção preditiva em seus centros de distribuição e aproveitando todos os dados para análise", exemplifica.

Marta Clark, diretora para América Latina da Alteryx, menciona que os diretores financeiros (CFOs) têm se destacado como líderes das iniciativas de análise de dados em diversas indústrias. "Os profissionais de finanças já lidam com um volume de dados muito alto. São pessoas muito analíticas, sempre procurando relatórios e previsões. E, também, têm uma visão muito ampla do negócio, o que os faz querer modelagens e insights mais avançados", avalia Hansen.

Além de recursos para simplificar a configuração de datasets e a modelagem das aplicações, sem a necessidade de codificação, a Alteryx oferece também "pacotes de automação", pré-formatados para os casos de uso mais comuns. Marta Clark explica que a Alteryx conta com cerca de 40 parceiros no Brasil, entre provedores de soluções locais e acordos com companhias globais.

Os produtos da Alteryx podem ser subscritos para instalação on premise ou em nuvem. "As instalações em datacenters próprios representam a maior parte de nossos negócios, embora haja um mix com implementações em nuvem. Seja qual for o caso, com o modelo de subscrição o cliente não se preocupa com atualização e manutenção da plataforma. Esse trabalho fica conosco, enquanto o cliente pode se concentrar na gestão de seus dados no datacenter ou em sua instância na nuvem", descreve Hansen.

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