Um órgão regulador de valores mobiliários de Massachusetts, Commonwealth, multou o Citigroup em US$ 2 milhões pela falha na supervisão de analistas que divulgaram indevidamente informações confidenciais sobre a oferta pública inicial (IPO) do Facebook e as estimativas de receitas inéditas do Google e do YouTube. Os responsáveis apontados foram o analista de tecnologia Mark Mahaney e um analista de pesquisa júnior cujo nome não foi revelado.
O secretário da Commonwealth, William Galvin, disse que um analista júnior do Citigroup compartilhou a informação sigilosa sobre a opinião de um analista sênior a respeito dos riscos do investimento no IPO do Facebook e as estimativas de receita com o blog de tecnologia TechCrunch. Já o analista sênior responsável por tecnologia forneceu informações inéditas sobre as estimativas de receita do YouTube para um repórter de uma revista francesa de negócios. As ações foram descobertas através da troca de e-mails de ambos os funcionários com os veículos de comunicação após uma intimação do órgão de Massachusetts.
O Citigroup admitiu as falhas apontadas pelo órgão, que exige que o grupo pare de violar as leis estaduais de valores mobiliários. O nome de Mahaney não foi mencionado de imediato no comunicado do banco, que nomeia apenas um "analista sênior de pesquisa" da empresa que nos últimos quatro anos "ocupou o 1º lugar entre os analistas de internet segundo a revista Institutional Investor". De acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto ouvida pelo The Wall Street Journal, porém, Mahaney foi demitido nesta sexta-feira, 26, devido ao ocorrido. Já o outro analista júnior teria sido dispensado antes, em 27 de setembro.
"A penalidade deve servir como um alerta para a indústria como um todo", disse Galvin em um comunicado à imprensa. O Citigroup declarou que o grupo está "satisfeito por ter esta questão resolvida. Levamos as nossas políticas e procedimentos internos muito a sério e tomamos as ações apropriadas."
