O grupo CPFL Energia investirá R$ 215 milhões até 2013 na primeira fase de seu projeto Tauron de modernização das redes, com o uso de dados. As duas fases seguintes, devem ocorrer em 2014.
Este dinheiro será usado para instalação de 25 mil medidores inteligentes e equipamentos de comunicação, como Geolocalizadores (GPS), PDAs e smartphones, como iPhone, para auxiliar a distribuição da equipe de campo. “Com o uso de tecnologia, vamos reduzir as perdas —de recursos— em 50%”, comenta Heider Araújo, diretor da CPFL, responsável pelo Programa Tauron.
Atualmente o trabalho de monitoramento, comunicação e distribuição das equipes técnicas, é feito via rádio. A intenção da companhia é que, após o processo de modernização, este serviço seja feito por rede de dados. “Assim vamos reduzir o tempo de atendimento e deslocamento dos carros. Outra vantagem é o fato de esse processo contribuir com a segurança das equipes, que saberão exatamente quais as condições da rede a ser consertada”.
Segundo o executivo, entre as novas funcionalidades do sistema estão a inserção da leitura à distância dos medidores de consumo de energia, através de uma ‘rede mesh’.
Regulamentação
Inicialmente o programa Tauron atenderá aos 25 mil clientes do ‘Grupo A’, formado geralmente por empresas, que demandam mais consumo do que as residências. Sobre a implantação de smart grid em toda a rede da CPFL, Heider disse à Teletime que “isso depende da regulamentação das redes inteligentes pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)”. Hoje a empresa tem mais de 6,9 milhões de clientes em todo o Brasil. Apenas interior paulista, são, aproximadamente, 5,6 milhões de consumidores.