As cidades brasileiras consideradas pequenas fecharam o ano de 2020 com um incremento de 8% no percentual de pessoas que realizaram transações online durante a pandemia, atingindo o pico durante o mês de maio, quando o crescimento percentual foi de 13%. É o que revela o estudo "Impacto da pandemia no consumo online – Comparação de perfil entre cidades pequenas", feito pelo banco digital will bank.
Em janeiro de 2021, o gasto com compras online em cidades grandes representou 28% do total, seguido por um percentual de 27% nas pequenas e médias cidades. O pico no aumento desse tipo de gasto aconteceu no mês de maio, quando houve um incremento de 38% sendo transacionado online em cidades grandes e 35% em cidades pequenas.
Os dados de dezembro indicam que os gastos seguiram uma trajetória de queda desde o pico, fechando dezembro com alta de 11% e 5% em relação ao início do ano em cidades grandes e pequenas, respectivamente.
A trajetória dos números pode ser explicada pela taxa de isolamento nas cidades, que, da mesma forma, alcançou picos entre os meses de maio a julho, e percorreu um caminho de decréscimo no 2º semestre. Fechadas em casa por mais tempo, as pessoas fizeram mais compras online.
Na comparação com o ano de 2019, houve um incremento de 54% em cidades grandes e 44% em cidades pequenas no mês de maio. Ao final do ano, as crescentes foram de 28% e 24%, respectivamente.
Na comparação do impacto da pandemia no percentual de transações online, o mês de julho de 2020 representou o pico do aumento, com alta de 17% em cidades grandes e 26% em cidades pequenas. Já em dezembro, comparado com o início do ano, houve um incremento de 18% no percentual de transações online em cidades grandes e 15% em cidades pequenas.
Com relação a 2019, as cidades grandes tiveram 26% de incremento nas transações online, enquanto as pequenas viram o percentual de compras pela tela do computador subir 38%. Em dezembro, os aumentos foram de 21% e 29%.
O estudo mostra que o efeito da pandemia no crescimento do share de transações online foi maior em cidades médias e pequenas. Além da menor oferta de produtos disponíveis localmente, a diferença pode ser reflexo de outros fatores como percentual de comércio fechado e capacidade de fiscalização das restrições por parte das autoridade, entre outros.
O levantamento considerou cidades pequenas aquelas com menos de 100 mil habitantes, enquanto cidades com população entre 100 e 500 mil habitantes foram classificadas como médias e com mais de 500 mil habitantes, grandes.