A adoção da tecnologia 5 G está na rota das grandes corporações, motivo pelo qual os CIOs devem estar atentos sobre o impacto e as mudanças de paradigmas que a nova tecnologia de conectividade promete trazer nos próximos anos, já que diversas operadoras anunciaram pré-lançamentos em 2019 e operação comercial a partir de 2020.
No painel "5G para CIOs: impacto sobre TI corporativa e mudança de CIO" realizado na manhã dessa terça-feira, 27, no Mobile World Congress, em Barcelona, a CIO global da Philips, Alpna Doshi, disse que "o modelo de saúde está mudando rapidamente, que no futuro será distribuído e centrado no paciente, demandando significativas mudanças em direção a virtualização e individualização da saúde".
Para ela, o 5G "emerge como uma nova tecnologia de rede, onde será construída a nova fundação da saúde, onde os serviços exigem funcionamento 24×7 e a personalização serviços de saúde conectados".
"Por ser uma rede adaptativa pode dar poder ao consumidor para melhor gerenciar seus próprios dados de saúde. Pode possibilitar um acompanhamento inteligente para manter as pessoas saudáveis ou prevenir doenças. Além disso, facilita a conexão dos serviços de saúde dos hospitais com a população", ressaltou a executiva.
Scott Rice, CIO da operadora Sprint, disse que o 5G é uma rede nativamente preparada para aplicações interativas devido à baixa latência; traz velocidade para entrega em dispositivos móveis com velocidade de muitos gigabytes comparada com as entregue por redes de fibra ótica, com menor custo por bit. "Uma eficiência incrível" ressalta o CIO.
A Sprint tem 55 milhões de clientes, 30 mil empregados, vendas de US$ 33,3 bilhões em 2016, redes sem fio em mais de 200 países e faz parte do megagrupo de finanças e tecnologia Softbank.
Ele explica que o 5G prevê uma infraestrutura de rede virtualizada (NFV), que pode ser usado em setores como saúde, energia, transporte, segurança pública: em energia, para soluções de smart grids, sensores avançados, monitoramento wireless, smart homes; Saúde, no monitoramento digital de saúde e monitoramento real time de pacientes; Transporte, em veículos autônomos, logística evoluída e gerenciamento eficiente de tráfego; Segurança Pública, em polícia conectada, resposta a emergência em real time e vigilância remota avançada.