O comportamento dos consumidores mudou nas últimas décadas em todo o planeta, muito disso em razão do desenvolvimento amplo e contínuo da tecnologia e o surgimento de diversas possibilidades no ramo das vendas. Multiplicaram-se, portanto, empresas e ideias, com grande parte delas presentes no ambiente digital, como e-commerces próprios e marketplaces. Alguns números ajudam a ilustrar o crescimento das vendas no e-commerce: o faturamento do segmento em 2022 foi de R$ 169,59 bilhões, diferença de mais de R$ 18 bilhões em comparação com o faturamento de 2021. Os dados são da ABComm Forecast, pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Além disso, a expectativa é alta para este ano, já que a estimativa é de um faturamento de R$ 185,7 bilhões.
São diversos os motivos que levam o setor a crescer tanto e de forma contínua. Um deles certamente se dá em razão das vantagens que as vendas digitais trazem aos consumidores e, evidentemente, também aos vendedores. Do lado de quem comercializa, o lançamento de marketplaces importantes no mercado permite que os lojistas aumentem a oportunidade de receita, acessem uma base de clientes mais ampla e também diversa, além de viabilizar a diversificação na estratégia da empresa no campo do comércio eletrônico. Dessa forma, quem vende consegue expandir seu negócio com investimento menor de recursos e também com menor risco.
Tendo em vista que uma empresa aumenta suas possibilidades quando também oferece seus produtos em um marketplace, de que forma é possível construir uma boa estratégia para crescer o negócio? A resposta passa por alguns pontos bem relevantes, como a escolha adequada do canal onde os produtos serão comercializados e a compreensão clara do público-alvo, afinal, é preciso que a companhia seja assertiva na hora de escolher o marketplace onde estão seus potenciais clientes.
Após serem dados os passos de entrada em um marketplace, a empresa pode começar a elaborar sua estratégia multicanal para expandir a marca, fornecer melhores experiências aos clientes e aumentar a conversão nas vendas. Para que esse passo seja dado com sucesso, é necessária muita organização, além de a empresa ter consciência da importância da identidade de sua marca. A presença em marketplaces diferentes exige que a companhia entregue uma qualidade de serviço padronizada, sem qualquer distinção ou prejuízo ao público consumidor. Os integradores de marketplaces são ideais para isso, já que eles gerenciam e automatizam as vendas on-line. As facilidades vão desde a gestão do catálogo de produtos, publicação de anúncios até a emissão de notas fiscais. Ter uma estratégia sólida de marketplace multicanal é, portanto, uma medida eficiente de crescer o negócio para oferecer aos clientes os melhores serviços, experiências e rapidez, item este cada vez mais requisitado diante de um mundo em constante mudança devido à tecnologia
Carlos Alves, um dos precursores do marketplace no Brasil e tem ampla experiência no segmento. Foi Diretor de E-commerce no Magazine Luiza, Diretor Executivo de Produto (CPO), Tecnologia (CTO), Dados & Inovação da Midway Financeira e Lojas Riachuelo, além de atualmente ocupar uma função estratégica na Cielo. Carlos Alves também é diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (IBEVAR) e vice-presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de E-Commerce (Ablec).