O papel da tecnologia na promoção da inclusão financeira das mulheres

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O mês de março traz consigo uma das mais importantes datas do calendário global: o Dia Internacional da Mulher. Destinada à celebração das conquistas das mulheres em todo o mundo, a ocasião é há tempos também utilizada para reforçar  a  importância do combate à   persistente falta de igualdade. 

É consenso que todos tendem a ganhar quando o viés de gênero, os estereótipos e a discriminação são minimizados, mas, enquanto é fácil falar sobre o assunto quando o mês de março se aproxima, é muito difícil realmente fazer algo a respeito – não por acaso, o tema escolhido para o Dia Internacional da Mulher deste ano é #EmbraceEquity (abrace a equidade, em português), cujo objetivo é enfatizar como podemos nos esforçar coletivamente para um mundo mais diverso, equitativo e inclusivo.

E a busca pela equidade está presente nos mais diversos setores. Quando falamos de instituições que oferecem serviços financeiros, por exemplo, frequentemente as mulheres permanecem mal atendidas pelas empresas tradicionais ou recebem uma pontuação injusta quando se trata de produtos de crédito. Voltando um pouco no tempo, até 1962, no Brasil, mulheres casadas precisavam da permissão de seus maridos para abrir uma conta em um banco. Mas, mesmo com os avanços mais recentes, ainda há uma grande divisão em termos de inclusão financeira, com alguns estudos afirmando que a disparidade de gênero permanece inalterada desde 2011. 

Que impacto essa divisão econômica realmente tem? Pesquisas mostram que eliminar a diferença de gênero na inclusão financeira teria efeitos positivos contínuos na economia – aumentando seu tamanho geral, impulsionando as taxas de consumo, diminuindo os riscos financeiros e facilitando novas oportunidades de negócios. 

Nesse contexto, a tecnologia vem se colocando como um potencial catalisador para uma mudança. Existem inúmeras maneiras pelas quais as fintechs e o uso de tecnologias de ponta, como aprendizado de máquina, inteligência artificial e dados alternativos, podem criar um ambiente mais igualitário para mulheres e outras populações. 

Isso porque o uso de dados alternativos pode complementar os métodos tradicionais de pontuação de crédito, garantindo a inclusão de mulheres sem histórico de crédito. A IA e o aprendizado de máquina podem integrar esses dados alternativos com mais facilidade, implantar modelos avançados para gerenciar o viés e melhorar a precisão das decisões de risco – incentivando a inclusão financeira como resultado e ajudando a garantir um cenário de serviços financeiros mais equitativo. Ainda há muito trabalho a ser feito, é claro, mas com as ferramentas e soluções certas estamos no caminho para acelerar o processo.

Gabriela Herrera, executiva de vendas sênior para América Latina da Provenir.

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