Search marketing deve ganhar força no Brasil, avalia publicitário

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Uma pesquisa recente realizada pela empresa Radar Research mostra que o mercado de publicidade americano está caminhando cada vez mais em direção à internet. De acordo com o estudo, o search engine marketing está se tornando um substituto das formas de propaganda nas mídias tradicionais nos Estados Unidos.
O estudo, encomendado pela Organização de Profissionais de Search Engine Marketing (Sempo, na sigla em inglês), mostra que no ano passado as empresas gastaram US$ 13,5 bilhões com ações de marketing voltadas para sites de busca. A estimativa é que até 2013 esses números cheguem a US$ 26 bilhões – as projeções foram reduzidas por causa da crise econômica mundial, mas ainda assim as cifras chamam atenção por sua expressividade.
A análise, feita pela Sempo, conclui que o surgimento e o crescimento exponencial dos search engine marketing vai acabar roubando grande parte do mercado de anúncios nas mídias off-line. Um sinal disso é que 91% dos publicitários ouvidos pela pesquisa declararam que vão investir em formas de anunciar em sites de busca. No ano passado, o search engine marketing respondeu por 1,1% dos gastos gerais com publicidade nos EUA.
Na avaliação de Marcio Chleba, sócio-diretor da agência digital Chleba, a tendência verificada no mercado americano deve se repetir também no Brasil. Segundo ele, o enorme crescimento dos sites de busca tirou os grandes provedores de conteúdo do topo do ranking de audiência. "E isso permitiu que qualquer empresa pudesse anunciar e ser muito bem vista. Os sites de busca conseguiram aproveitar muito bem a mudança que causaram no mercado, criando uma nova forma de se fazer publicidade, na qual é o consumidor que acha a mensagem que precisa. As empresas é que aguardam o consumidor chegar", explica.
Apesar do crescimento do search engine marketing, Chleba não acredita que haverá uma canibalização no mercado de publicidade, como apontam alguns analistas, mas reconhece que ele vai roubar uma fatia importante desse setor. "As searchs engine marketing vão aumentar o bolo publicitário, ou seja, milhares de empresas, que já colocaram a internet como peça-chave nas suas estratégias de marketing, vão anunciar nos mesmos lugares gastando menos dinheiro", avalia o publicitário.
Chleba acha que ainda não é possível consolidar uma marca apenas com a internet, e que as mídias tradicionais ainda são mais importantes, mas diz que cada vez mais ações conjuntas se tornam obrigatórias. "Uma coisa não exclui a outra, mas as duas, com certeza, já são obrigatórias", conclui.

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