Os notebooks perdidos ou roubados em aeroportos, táxis e hotéis de todo o mundo custam às empresas uma média de US$ 49.246, considerando o valor dos dados neles contidos, que superam em muito o preço do computador, segundo estudo encomendado ao Instituto Ponemon pela Intel.
Os custos estão associados com a substituição, detecção, ciência forense, brecha de dados, perda de propriedade intelectual, perda de produtividade e despesas jurídicas, regulatórias e de consultoria. Apenas os dados contidos no PC representam 80% do valor.
O resultado sugere que, em uma era em que "o escritório pode ir a praticamente todos os lugares", medidas efetivas de segurança são essenciais. O estudo observa que os dados confidenciais, e não o próprio notebook, são a principal causa dos altos custos.
O relatório também sugere que o uso de produtos e tecnologias para a criptografia de dados reduz as perdas financeiras.
De acordo com a pesquisa, as empresas aprendem rapidamente o impacto que a perda de um notebook tem sobre eventuais gastos. O custo médio, se a perda de um notebook for notificada no mesmo dia, é de US$ 8.950, e, depois de uma semana, a cifra pode chegar a US$ 115.849.
Quem perde um notebook também tem um papel importante no custo final para a empresa. Surpreendentemente, não é o computador do CEO que é o mais valioso, mas o de um diretor ou gerente, avalia o relatório. O notebook de um executivo sênior está avaliado em US$ 28.449, enquanto o de um diretor ou gerente vale US$ 60.781 e US$ 61.040, respectivamente.
Entre as soluções, a pesquisa descobriu que a criptografia de dados tem uma forte influência no custo médio do equipamento, sendo que um notebook perdido com um disco rígido criptografado está avaliado em US$ 37.443, em comparação aos US$ 56.165 de um equipamento com disco não criptografado.
Segundo Mooly Eden, vice-presidente e gerente geral do Grupo de Plataformas Portáteis da Intel, em razão do número de trabalhadores móveis que cresce rapidamente, os desktops deram lugar aos notebooks, que oferecem aos usuários a maior produtividade e liberdade de mobilidade.
"À medida que essa tendência se mantém, o estudo sugere que as empresas precisam estar cada vez mais atentas e e ter controle dos seus dados corporativos, assegurando que seus sistemas de segurança estão aptos para o trabalho", alertou o executivo.
- Dados em risco