Quase duas semanas depois de anunciar a assinatura de um acordo para adquirir a Alcatel-Lucent, a Nokia voltou a se sobressair no noticiário na tarde deste domingo, 26, com os rumores de que estaria planejando retomar a fabricação de smartphones, após ter saído desse mercado no ano passado com a venda de sua divisão de celulares para a Microsoft.
Em um comunicado publicado em seu site, a Nokia desmentiu as reportagens que diziam que a companhia está planejando voltar a produzir produtos de consumo a partir de um centro de pesquisa e desenvolvimento na China. "Essas reportagens são falsas", disse a empresa, acrescentando que "atualmente não tem planos de fabricar ou vender produtos de consumo [como smartphones ou tablets]".
Apesar do desmentido, o site Re/code informou na semana passada que a fabricante finlandesa pode licenciar seus projetos de dispositivos móveis a terceiros, que ficariam responsáveis pela fabricação, vendas e distribuição, tanto que licenciou o tablet Nokia N1 à Foxconn.
Lançado na China no início deste ano, o tablet opera com sistema operacional Android, do Google, e é projetado, fabricado e distribuído pela Foxconn, por meio de sua subsidiária Hon Hai Precision Industry, através de um acordo de licenciamento.
"A Nokia poderá fazer mais ofertas semelhantes a partir do fim de 2016, quando poderá começar a usar a sua marca sem restrições, conforme acordo assinado com a Microsoft por ocasião da venda de sua divisão de celulares", disse o CEO da Nokia, Rajeev Suri, ao The Wall Street Journal no início da semana passada. "Temos uma marca com muita credibilidade, que é conhecida em todo o mundo. Por que não rentabilizá-la novamente, de forma apropriada?", indagou ele.
O executivo acrescentou que qualquer acordo de licenciamento que envolva tecnologia mais avançada ainda levará anos para ser liberado.