A Saleforce.com e a Philips Healthcare anunciaram nesta quinta-feira, 26, o desenvolvimento de uma plataforma de colaboração na nuvem, que permitirá aos médicos monitorar sinais vitais de pacientes e verificar se estão realmente realizando os tratamentos prescritos.
O sistema funciona através de um aplicativo que registra os dados dos pacientes e informações gerais relacionadas à saúde, através de sensores e monitoramento de sinais vitais por dispositivos vestíveis. Esses dados vão alimentar um serviço na plataforma cloud denominada Salesforce1, que analisa e realimenta informações úteis para pacientes e médicos, a fim de orientar o tratamento.
As informações serão filtradas para que os médicos possam ver os dados mais relevantes e a condição do paciente, pois em caso de problema de saúde que requer cuidados urgentes, é marcada uma consulta com o clínico, ou se não for possível, encaminhá-lo para outro profissional registrado na plataforma e, ainda, comunicar à família do paciente sobre o problema.
Jeroen Tas, CEO da Philips, explicou que o sistema pode detectar, por exemplo, quando um paciente idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica perdeu um pouco do efeito de sua medicação ou baixos níveis de oxigênio em sua corrente sanguínea. Essas questões podem, então, ser comunicadas ao paciente, ao médico, à enfermeira, que poderiam avisar um colega ou parente do doente, pois todos estariam conectados pela plataforma.
Os desenvolvedores também poderão acessar APIs da plataforma, para que as empresas de terceiros possam criar aplicativos que usem o serviço. A plataforma Salesforce1, no qual o serviço é construído, oferece vários métodos para proteger os dados, tais como a autenticação de dois fatores, as conexões VPN, whitelisting IP e criptografia de dados armazenados localmente em um dispositivo do cliente.
No lançamento da plataforma, o CEO da Salesforce.com, Marc Benioff, disse que "a solução diminui custos e melhora o tratamento de pacientes com doenças crônicas ou daqueles que necessitam de cuidados de longa duração. Mais de três quartos dos custos de saúde nos EUA resultam de tratamento de tais condições, de acordo com o Centro dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças. Vamos eliminar fronteiras entre hospitais e casas, e permitir a colaboração entre pacientes e médicos".