Google admite não ter excluído dados de usuários do Reino Unido

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O Google admitiu não ter apagado todos os dados de usuários de internet coletados no Reino Unido sem autorização prévia, incluindo e-mails e senhas, obtidos por meio de redes Wi-Fi desprotegidas, de acordo com o jornal britânico The Guardian. A empresa admitiu, em maio 2010, que os carros do Street View, serviço que tira fotos panorâmicas de cidades e as disponibiliza na internet, coletaram informações pessoais enquanto fotografavam casas e monumentos em todo o país.

O Escritório do Comissário da Informação do Reino Unido (ICO, na sigla em inglês) havia determinado que o Google apagasse todos os dados armazenados. A justificativa do gigante das buscas, dada nesta sexta-feira, 27, foi que a exclusão não ocorreu devido a um erro humano. O conselheiro de privacidade global do Google, Peter Fleischer, se desculpou pelo erro por meio de carta enviada ao ICO, publicada hoje no site do órgão regulador, dizendo que, nos últimos meses, o Google vem revendo a manipulação de discos para uma revisão manual completa do inventário do Street View. “Até o fim da revisão, declaramos que continuamos a ter carga de dados do Reino Unido e de outros países. Estamos em processo para notificar as autoridades competentes desses lugares”, declarou Fleischer na carta. O conselheiro disse ainda que a companhia gostaria de apagar os dados restantes coletados no Reino Unido, mas quer saber se o ICO pretende rever esses dados ou destruí-los.

Ainda nesta sexta-feira, o ICO disse, por meio de comunicado, que a retenção dos dados seria uma violação do compromisso assinado pelo Google em novembro de 2010. Um porta-voz do gabinete declarou em resposta à carta de Fleischer, também publicada no site do ICO, que haverá uma análise forense dos dados. Isso significa que o Google pode ser multado em até 500 milhões de libras (aproximadamente US$ 786 milhões) se o material encontrado violar a Lei de Proteção de Dados (DPA, na sigla em inglês), segundo o jornal britânico. "Para o ICO está claro, em primeiro lugar, que esta informação nunca deveria ter sido recolhida e o fracasso da empresa para garantir a sua eliminação, conforme prometido, é motivo de preocupação”, declarou o porta-voz no comunicado.

Não se sabe exatamente que tipo de informação privada foi captada no Reino Unido, mas órgãos reguladores dos Estados Unidos encontraram vestígios de prontuários médicos e histórico de navegação na web, entre outros, segundo o Guardian. O Google Street View está sob investigação em diversos países.

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