O número de pessoas com acesso residencial à internet no Brasil chegou a 23,7 milhões em julho, 3,5% superior ao apurado em junho de 2008 e 28% maior que os 18,5 milhões registrados em julho de 2007. Este é o número mais representativo apurado desde que o Ibope/NetRatings, empresa que faz o principal levantamento de audiência de internet no Brasil, começou a fazer a pesquisa, em setembro de 2000.
A quantidade de pessoas com acesso residencial à internet, dado que é trimestral, continuou a indicar que 35,5 milhões de pessoas podem acessar a rede mundial de computadores a partir de seus lares.
Com 24 horas e 54 minutos por pessoa, em média, o tempo de navegação também aumentou. A média de tempo subiu 1 hora e 42 minutos mais do que a de junho, o maior patamar já alcançado no país desde o início da pesquisa. O brasileiro continuou a ser o internauta residencial que mais navegou, se comparado com os outros nove países medidos com a mesma metodologia – além do Brasil, foram medidos Estados Unidos, Austrália, Japão, França, Alemanha, Itália, Suíça, Espanha e Reino Unido.
"Tradicionalmente, o mês de julho, por ser férias escolares e por ser a internet a principal atividade para parte dos jovens estudantes, mostra crescimento no tempo de consumo desta mídia", comenta Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope/NetRatings. "A relação que o usuário mais jovem tem com a internet é de paixão extrema, ao contrário das gerações que nasceram sem a web", completa.
Os países que mais se aproximaram do tempo residencial médio do internauta brasileiro foram a Alemanha (21h06min), os Estados Unidos (20h50min), a França (20h17min) e o Japão (19h21min).
As categorias com melhor desempenho por número de usuários residenciais em julho, comparando com junho de 2008, foram "informações corporativas", com crescimento de 16,5%, atingindo 9,1 milhões de internautas, "finanças, seguros e investimentos", que cresceu 5,9% e recebeu 9,7 milhões de visitantes únicos, "automotivo", com 5,6% de aumento no número de usuários e com visitas de 3,8 milhões de pessoas, "computadores e eletrônicos", que cresceu 5,4% em número de usuários, atingindo 18,8 milhões de brasileiros, além de "entretenimento", cujo crescimento no período atingiu 4,5%, recebendo a visita de 19,4 milhões de brasileiros.
Já no período de um ano, enquanto a internet residencial ativa cresceu 28% em número de usuários, algumas categorias demonstraram melhores resultados: "viagens e turismo" (56,4%), "informações corporativas" (42,2%), "automotivo" (36%), "notícias e informações" (35,2%) e "computadores e eletrônicos" (34,2%).
"Dois setores chamam a atenção: informações corporativas, categoria que concentra sites que dão informação sobre a empresa e suas atividades, mas não focam em venda e finanças, seguros e investimentos, com os sites dos bancos, cartões de crédito, on-line brokers, seguradoras e informações financeiras. A primeira categoria indica que as pessoas vão diretamente à internet quando querem saber o endereço de uma empresa, saber se ela está desenvolvendo alguma ação social, cadastrar seu currículo, entre outras atividades. A segunda categoria voltou a conquistar a confiança do internauta residencial, depois de ficar estagnada após várias campanhas alertando os usuários sobre falsos sites de bancos e fraudes", analisa Magalhães.
Os dados relativos ao primeiro trimestre do Global Internet Trends (GNetT) continuam indicando que cerca de 41,5 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet em qualquer ambiente (casa, trabalho, escola, cybercafés, bibliotecas e outros locais).