O Brasil lidera entre os países da América Latina no envio de spams, respondendo por 36,3% do total de mensagens indesejadas enviadas na região. O segundo colocado é o México com 18,10%, de acordo com relatório de cibersegurança divulgado pela Trend Micro. O estudo destaca que a razão de o Brasil ocupar o topo do ranking pode ser explicada pelo alto número de sistemas desprotegidos que tornam redes mais vulneráveis a disparos de spams.
A falta de conhecimento sobre os reais riscos do phishing e dos spams também torna a população local mais vulnerável a crimes de engenharia social e ataques baseados em e-mails. Outro dado do estudo é que 58% das URLs maliciosas da América Latina estão hospedadas no Brasil, sendo que no México estão 12,35%.
O levantamento também aponta que o Brasil possui um número crescente de malware. O ataque do tipo Downad, conhecido também como Conficker, que viola servidores com usuário e senha, foi identificado mais de 52 mil vezes em um ano no país. A disseminação desse malware mostra que a maioria dos usuários de internet do país ainda recorre ao uso de software pirata, de acordo com a pesquisa, já que o software pirata não pode ser atualizado com as últimas correções, ficando, assim, expostos. A Trend Micro também detectou, somente em maio, 39 servidores de comando e controle no país, que controlam botnets, agentes de softwares que executam automaticamente uma ameaça.
A pesquisa ressalta ainda que o Brasil aparece em sexto lugar no mundo como país em que as pessoas estão mais expostas a riscos à privacidade por uso de aplicativos móveis. No primeiro trimestre foram criados dez novos tipos de phishing especificamente para ataques a smartphones. Os tipos mais comuns são os que criam uma botnet Android.