A Go2neXt anunciou nesta terça-feira, 27, o início das operações no mercado, empresa de capital 100% brasileiro que irá atuar integradora e desenvolvedora de ambientes de computação em nuvem. À frente do empreendimento estão os executivos Paulo Pichini e Murilo Serrano, sócios na Connect, adquirida no ano 2000 pela Getronics, que se uniram a mais dois grupos de investidores, não revelados, para criar a companhia.
De acordo com Pichini, que assumiu o cargo de executivo-chefe (CEO) da Go2neXt, até o fim do ano serão investidos R$ 6 milhões na estruturação da companhia, incluindo a contratação de pessoal, compra de equipamentos, infraestrutura de TI e a construção do C-NOC (Cloud Network Operation Center). “Uma parte desse montante já foi aplicada”, observa ele, ao dizer que o objetivo da integradora é auxiliar as empresas na montagem de ambientes de TI para que se tornem provedores de serviços em nuvem.
A Go2neXt terá operações em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Paraná, e a meta é fechar o primeiro ano de atuação com faturamento de R$ 16 milhões. A expectativa, segundo Pichini, é que 10% do faturamento já sejam provenientes de projetos de cloud computing. “Estamos conversando com cerca de 15 empresas e esperamos desenvolver cerca de cinco projetos no modelo de cloud computing no primeiro ano de atividades.” O foco dos negócios, segundo ele, serão os segmentos financeiro, de telecomunicações, corporativo e de data centers.
Pichini observa que, apesar de ainda estar em processo de evolução, o conceito de cloud computing já produziu uma série de provedores de soluções, e acabou chamando a atenção do mercado corporativo. “O que faltava é a figura do facilitador, para levar as soluções às empresas e ajudá-las a integrar tudo isso com o legado”, diz ele, ao explicar o papel da Go2neXt. Para isso, o executivo ressalta que a companhia já conta com uma série de parceiros de negócios como Cisco, EMC, VMware, Microsoft, Westcon e Jamcracker, na parte de infraestrutura como serviço (IaaS); UOL, Alog e Citrix, no fornecimento de plataformas como serviço (PaaS); e Google e NetApp, entre outras, na oferta de software como serviço (SaaS). Ele adianta que está negociando com três empresas da área de infraestrutura para completar o portfólio e espera fechar a compra de uma delas até o fim do ano. “Acreditamos que os projetos para ambientes em nuvem vão evoluir. Enquanto isso, vamos prestar serviços de integração. Mas a meta é que os projetos em nuvem respondam por 40% do faturamento dentro de três anos”, finaliza.