Brasil assume 3ª posição no ranking mundial de offshore outsourcing de TI

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O potencial para absorver serviços de tecnologia de informação de companhias estrangeiras, com mão de obra local  — chamado de offshore outsourcing — deve colocar o Brasil entre as principais alternativas à Índia nos próximos anos, país que domina a modalidade de terceirização de serviços feita fora do país de origem, de acordo com estudo do Gartner. Segundo o instituto de análise e pesquisas, o Brasil já ocupa a terceira colocação no ranking de países que atendem empresas da Europa, com 18% de participação de mercado, atrás apenas da Índia (35%) e da Polônia (21%). A China aparece em quarta posição, com 16% de market share.

“As oportunidades de negócios estão crescendo em mercados emergentes, e isso está levando a reavaliação das empresas na escolha de países que oferecem offshore outsourcing”, afirma o vice-presidente de pesquisa do Gartner, Ian Marriott. Segundo o analista, as companhias estão reconfigurando suas estratégias com fronteiras geográficas abrangentes.

Atualmente, 63% das empresas contratantes de serviços de TI escolhem países da América Latina. Segundo o Gartner, o Brasil responderá por 46,8% da demanda por offshore outsourcing na região até o fim do ano, embora atrás do México, que representará 50,2%. Argentina, por sua vez, deve responder por 22,1% dos serviços.

O estudo revela, ainda, que  55% das companhias consultadas disseram dar preferência por contratos firmados na Europa, Oriente Médio e Ásia (EMEA) e 63%, Ásia-Pacífico.

De acordo com Marriott, países como Brasil, Polônia e Malásia, por exemplo, são capazes de entregar serviços de valor agregado, mesmo sem a substituição total dos contratos indianos. O diferencial em relação às empresas da Índia é a entrega de altos volumes de recursos capacitados, a preços acessíveis. No caso específico do Brasil e das novas regiões de offshore o diferencial fica aparente quando a empresa contratante busca benefícios além da redução de custo, como habilidade linguística local, compatibilidade cultural e proximidade dos grandes centros para eventuais viagens.

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