Pesquisa aponta IoT como alvo para ataques DDoS

1

Em 2015, houve recorde de ciberataques aos dispositivos da Internet das Coisas (IoT), com o surgimento de oito novas famílias de malwares. Esses ataques estão infestando um número crescente de dispositivos, sem que seus proprietários se deem conta.

Os grupos de ciberataque se multiplicaram graças à falta de segurança em muitos dispositivos da IoT, que os tornam alvos tão fáceis a ponto de serem invadidos por malwares pré programados com senhas padrão de uso comum. Apesar das previsões sobre o possível sequestro de automação e do controle do sistema de segurança de casas, o que se tem constatado é que os ciberatacantes estão mais interessados em adicionar os dispositivos invadidos a um botnet e usá-los  para distribuir negação de serviço (DDoS).

Somente em setembro, o fornecedor de segurança Sucuri constatou um grande ataque DDoS lançados a partir de três diferentes tipos de botnets (redes de botnet CCTV, botnet roteador doméstico e servidores Web comprometidos). Esses ataques provenientes de múltiplas plataformas da IoT ao mesmo tempo devem se intensificar num futuro próximo, em função do aumento da quantidade de dispositivos embarcados conectados à internet.
iot

Grande salto no número de ameaças à IoT em 2015. Muitas continuam ativas em 2016

Dispositivos Vulneráveis

A maioria dos malwares tem como alvo os dispositivos embarcados da Internet das Coisas não-PC. Muitos são acessíveis pela internet, mas, seu sistema operacional e potência de processamento limitados não permitem a inclusão de quaisquer recursos de segurança avançados. Esses dispositivos embarcados são frequentemente criados para serem conectados e esquecidos logo depois de um processo de instalação muito básico. Muitos não obtêm quaisquer atualizações de firmware ou os proprietários não conseguem aplicá-las, e a tendência é que sejam substituídos quando chegarem ao fim do seu ciclo de vida. O resultado é que qualquer infecção de tais dispositivos pode passar despercebida para seus proprietários, e isto é um grande atrativo para os ciberatacantes.

Maioria dos ataques parte dos EUA e da China

Análise dos malwares para IoT, captados pela Symantec, mostra que o maior número de ataques se originou na China, que responde por 34% dos ataques em 2016, seguida pelos Estados Unidos, com 26%, pela Rússia (9% ), Alemanha (6%), Holanda (5%) e Ucrânia (5%).

Esses índices correspondem à localização de endereços IP usados para lançar os ataques identificados pela Symantec. Em alguns casos, esses endereços podem ter sido camuflados com uso de proxies, a fim de esconder a verdadeira localização do ciberatacante. As ameaças identificadas mais frequentes este ano foram a Linux.Kaiten.B e a Linux.Lightaidra.

iot2
Clique na imagem para ampliar

Os dez principais países de origem dos ataque em 2016

A pesquisa da Symantec também revelou as que senhas mais usadas em malwares para tentar invadir os dispositivos de IoT são as mais simples. Isto não chega a surpreender, ao contrário, indica que as senhas-padrão geralmente não são alteradas.

1 COMENTÁRIO

Deixe um comentário para MONICA PAIVA Cancelar resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.