Depois da virtualização dos servidores, das redes e do armazenamento definidos por software chegou, a hora das corporações e provedores de serviços revisitarem o modelo de configuração de data centers. O Data Center Definido por Software (Software Defined Data Center – SDDC), nova proposta que deve ganhar corpo ao longo dos próximos dois anos, tem como objetivo aumentar o nível de automação do ambiente e dar maior flexibilidade às escolhas e ao atendimento da demanda dos negócios.
Grosso modo, o conceito SDDC reúne toda a área computacional – servidores, rede, armazenamento – em uma camada de virtualização, criando um data center que, baseado em uma política de automação definida pelo usuário, consegue definir todas as demais rotinas de forma que, ao receber um servidor virtual, aplica automaticamente as políticas pré-definidas, eliminando, inclusive, parte da intervenção humana.
Com essa abordagem, a configuração e o gerenciamento de todos os serviços de data center tornam-se menos complexas e com custos mais acessíveis, a exemplo do que ocorre com a virtualização de servidores. "Hoje os data centers têm uma grande infraestrutura de hardware, a maioria já possui uma camada de virtualização de servidores, mas o restante da infraestrutura não tem o mesmo dinamismo", aponta Anderson Germano, gerente de pré-vendas da VMWare.
Segundo ele, o provisionamento de máquinas em um data center convencional é muito rápido, porém, o tempo ganho é degradado pela complexidade de instalação das aplicações, da conectividade, etc. "Tudo isso é engessado. A agilidade que se tem ao provisionar a máquina virtual se perde quando precisamos conectar esta máquina ao ambiente como um todo, para que ela possa rodar as aplicações", explica.
Para Germano, a principais vantagens de um data center definido por software são o ganho de agilidade, menor investimento (TCO), a antecipação do ROI (return on investment), além de uma maior eficiência na entrega do serviço.