O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos no acumulado de janeiro a outubro atingiu US$ 29,37 bilhões, o que representa uma queda de 5% em relação ao registrado nos primeiros dez meses do ano passado, quando totalizou US$ 30,90 bilhões. O resultado se deve ao esfriamento do mercado interno e, consequentemente, a queda nas importações no período, que atingiram US$ 34,93 bilhões, 5,3% abaixo em relação a um ano atrás, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgado nesta quinta-feira, 27.
Todas as áreas apontaram queda nas importações, com taxas que atingiram até 28,5%, como no caso de GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica). Já as importações de informática recuaram 10,6% e somaram US$ 2,05 bilhões, enquanto telecomunicações registrou queda de 2,1%.
Considerando as exportações, estas somaram US$ 5,56 bilhões e também registraram baixa, de 7,2%, na comparação com igual período do ano passado. Somente em outubro, as exportações totalizaram US$ 552,5 milhões, 16% inferiores às registradas no mesmo mês de 2013.
Com exceção das vendas externas de bens de automação industrial, todas as outras áreas apontaram queda. A maior taxa de retração foi da área de informática (-30,8%), em função, principalmente, da queda de 62% nas exportações de máquinas para processamento de dados.
Em relação ao mês imediatamente anterior, as exportações ficaram praticamente estáveis, variação de 0,5%, com destaque para a expressiva taxa de recuo das vendas externas de bens de Informática (+31,4%).
Queda nas importações
No mês de outubro, as importações de produtos da indústria elétrica e eletrônica ficaram 12% abaixo das ocorridas no mesmo mês do ano anterior, atingindo US$ 3,7 bilhões. Das oito áreas do setor analisadas, apenas telecomunicações apresentou incremento (+3,9%), sendo que as maiores taxas de retração foram nas áreas de GTD (-40,6%) e material elétrico de instalação (-23,8%).
Em relação a setembro, as importações aumentaram 6,3% com queda apenas nas importações de bens de GDT (-15,7%).
