Mesmo depois de ter fornecido mais explicações aos congressistas dos Estados Unidos sobre as mudanças que implementará em sua política de privacidade, o Google continua sendo alvo questionamentos sobre as mudanças na coleta e no uso de informações privadas dos usuários. As mudanças ocorrerão em cerca de 60 tipos de serviços e produtos a partir de 1º de março e permitirão que o Google tenha acesso a mais informações privadas dos usuários, reduza o controle destes sobre tais dados e ofereça mais informações aos anunciantes.
Na semana passada, uma aliança de procuradores gerais de 36 estados americanos enviou carta ao CEO do Google Larry Page, pedindo garantias de que a nova política não pora em risco a privacidade dos usuários. Alguns parlamentares da a Câmara de Representantes dos EUA criticaram a companhia por não ter respondido de maneira satisftória algumas questões importantes sobre a proteção da privacidade dos usuários.
Em resposta aos procuradores, o Google disse que "a atualização da nossa política de privacidade tornará nossa prática mais fácil de entender. Temos empreendido a mais extensa notificação da historia do Google, e vamos continuar a oferecer a escolha e o controle sobre como as pessoas usam nossos serviços. A política de privacidade muda principalmente para os usuários que têm a conta no Google, e podem continuar usando muitos dos nossos serviços – incluindo buscas, mapas e YouTube".
O presidente da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), Jon Leibowtiz, questionou a nova política do Google. "A escolha que eles estão dando aos consumidores é bastante dúbia e brutal. Eu não posso dizer mais", disse ele ao All Things Digital, blog de tecnologia vinculado ao The Wall Street Journal. Leibowtiz reconhece, contudo, que o Google está oferecendo uma clara divulgação sobre os seus planos, ainda assim sua declaração sugere desconforto com a medida.
