A Securities and Exchange Surveillance Commission, órgão regulamentador do mercado de capitais do Japão, recomendou à procuradoria punições mais severas no processo contra a Olympus, fabricante de equipamentos médicos e câmeras digitais abalada por um escândalo e que tenta resolver suas dificuldades financeiras depois de revelar fraude contábil de US$ 1,7 bilhão.
A Procuradoria Pública do Distrito de Tóquio acatou o pedido. Além da companhia, o processo abrange o ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, o ex-vice-presidente executivo, Hisashi Mori, o ex-auditor, Hideo Yamada, e ao ex-conselheiro Akio Nakagawa. Eles são acusados de inflar o lucro da Olympus em 2008, 2009 e em alguns períodos de 2010. A empresa também está sendo ivestigada por falsificação de documentos fiscais.
Se condenada, a fabricante japonesa pode ser multada em 700 milhões de ienes, o equivalente a US$ 8,4 milhões. Além disso, os responsáveis podem ser condenados a até dez anos de prisão ou multados em 10 milhões de ienes cada um, de acordo com o The Wall Street Journal.
Vale lembrar que a empresa também é alvo de processo movido pelo ex-CEO Michael Woodford, no cargo por apenas duas semanas. Ele foi demitido pela suspeita de participação no esquema, mas, segundo ele, as alegações são infundadas. Woodford busca uma "indenização substancial e significativa" devido à quebra de contrato, previsto para durar quatro anos.