Despesas de capital de Google, Microsoft e Amazon mais que dobraram neste ano

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Os informes de resultados trimestrais recém-divulgados por Google, Amazon e Microsoft revelaram que as despesas com manutenção de redes e grandes "fazendas" de servidores aumentaram exponencialmente no período. Os relatórios mostram que, entre janeiro e março deste ano, as três empresas, juntas, desembolsaram um total de US$ 4,6 bilhões de investimento em capital (capex), tais como em servidores e imóveis, cerca de 65% a mais que em igual período do ano anterior. A título de comparação, a receita combinada das empresas cresceu 12%.

As prioridades de cada uma delas, no entanto, variaram. A Amazon, por exemplo, dedicou grande parte de seu capex em centros de atendimento, enquanto o Google carreou o dinheiro em links de internet para unir seus serviços. O dado comum é que cada uma das três companhias vem destinando um capex cada vez maior para manter suas redes para atender consumidores e empresas, que exigem mais e mais potência digital.

O Google foi o que mais gastou e o que obteve o mais rápido crescimento no primeiro trimestre. As despesas de capital da empresa quase dobraram, para US$ 2,3 bilhões. Segundo seu relatório trimestral, a maior parte do aumento do capex está relacionada a construção de data centers, incluindo a aquisição dos imóves. Em 2013, os gastos de capital do Google mais que dobraram, passando de US$ 3,3 bilhões em 2012 para US$ 7,4 bilhões no ano passado, de acordo a Bloomberg.

"O capex do Google aumentou de forma notável ao longo do último ano e tem levantado preocupações entre os investidores", diz o analista da Bernstein Research, Carlos Kirjner, em nota recente. Ele especula que o Google pode estar construindo data centers antes mesmo de precisar deles.

Isso acabou sendo confirmado pelo diretor financeiro do Google, Patrick Pichette, durante teleconferência da empresa em 16 de abril. "No caso da construção de data centers, a opção de ter de prontidão mais capacidade e disponível é realmente uma questão estratégica para a empresa", disse Pichette.

Já a Amazon despesas de capital foram de US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre, cerca de 61% superior a igual período do ano anterior. Em seu relatório financeiro trimestral, a varejista online disse que o aumento resultou em grande parte de "investimentos em tecnologia de infraestrutura, incluindo para a Amazon Web Services, que oferece serviços de infraestrutura de TI para empresas, e capacidade adicional para apoiar as operações de atendimento.

A operação da Amazon Web Services vem ganhando mais destaque nos gastos de capital da companhia. Em seu relatório anual de 2013, a Amazon listou as "operações de atendimento" em primeiro lugar e em segundo lugar, "tecnologia de infraestrutura". No primeiro trimestre, a tecnologia veio em primeiro.

A Microsoft foi uma exceção. O crescimento dos gastos de capital no trimestre desacelerou 28%, para US$ 1,2 bilhão. Nos nove meses encerrados em março, no entanto — os três primeiros trimestres do ano fiscal da Microsoft —, os investimentos subiram 69%, para cerca de US$ 4,2 bilhões.

Ainda assim, a Microsoft reiterou que espera que "as despesas de capital aumentem nos próximos anos para apoiar a nossa estratégia de nuvem e dispositivos". A fabricanrte de software tem gasto dinheiro para construir data centers adicionais para o Windows Azure, o serviço de infraestrutura em nuvem da companhia, cujas atividades no Brasil começaram neste ano.

No ano fiscal da Microsoft, encerrado em 30 de junho de 2013, os gastos de capital aumentaram 85 % em relação ao ano anterior, depois de cair no exercício fiscal de 2012 em relação a 2011.

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