5 formas como edge computing ajudará a proteger o meio ambiente

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O tema do Dia da Terra deste ano foi "Restaurar nossa Terra", que trata de como reduzir e reverter nosso impacto ambiental no planeta. Para ver qual foi esse impacto nos últimos 40 anos, a Climate Time Machine da NASA e o Timelapse do Google no Google Earth fornecem excelentes perspectivas visuais dos efeitos adversos da humanidade na Terra.

Ao mesmo tempo, a pandemia global da covid-19 forneceu uma perspectiva inesperada sobre o que acontece quando nos reunimos para atingir um objetivo comum. Os lockdowns universais para o distanciamento social tornaram o ar mais limpo nas principais cidades e reduziram as emissões de carbono em todo o mundo. Cientistas climáticos estimaram que as emissões de CO2 caíram 2,4 bilhões de toneladas métricas em 2020, o declínio mais acentuado desde o século passado e 7% inferior a 2019.

Durante todo o lockdown, as tecnologias digitais desempenharam um papel cada vez mais visível na manutenção da sociedade, permitindo a interação virtual para tudo, desde o trabalho remoto até o aprendizado on-line, passando pela telemedicina e entretenimento sob demanda. Isso, por sua vez, gerou um impacto ambiental positivo em termos de redução de viagens, poluição, desperdício e maior eficiência.

No entanto, embora as interações virtuais tenham uma pegada de carbono muito menor do que viagens para encontros pessoais, alcançar um impacto ambiental positivo adicional dependerá do aprimoramento da eficiência da troca de dados. À medida que os volumes de dados continuam a crescer, manter os pontos de troca digital na edge, onde os dados e o conteúdo podem ser compartilhados de forma eficiente entre usuários, clouds e parceiros, reduz os recursos físicos (roteadores de rede, servidores, data centers, energia, resfriamento) necessários para a manutenção.

Além de permitir a interação virtual, aqui estão quatro maneiras adicionais com as quais a computação de edge está ajudando a proteger nosso planeta:

Redução do desperdício

Casas e edifícios inteligentes usam sensores da Internet das coisas (IoT) na edge para monitorar e se adaptar de forma inteligente às preferências individuais e padrões de uso de iluminação, clima e mais, economizando energia e reduzindo o desperdício. Esses sistemas podem ser integrados a aplicativos de smartphones, permitindo que os usuários desliguem as luzes ou controlem a temperatura remotamente. Os robôs emparelhados com inteligência artificial (IA) podem separar materiais residuais com um alto grau de precisão, acelerando a recuperação e a reciclagem no fim da vida (EOL).

Avanço na cidade inteligente e na inovação energética

As cidades inteligentes potencializam as tecnologias digitais na edge para melhorar os serviços e o bem-estar dos cidadãos, geralmente com impacto ambiental positivo. Por exemplo, em um caso de uso de cidade inteligente nos EUA, Pittsburgh, PA, foi capaz de reduzir os tempos de espera na interseção em 41% e as emissões em 21%, implantando uma rede de semáforos conectados que registraram o tráfego e adaptaram o sequenciamento para minimizar o congestionamento. Outra cidade dos EUA, Palo Alto, CA conseguiu reduzir a quantidade de tempo que os cidadãos dirigiam procurando vagas de estacionamento implantando um gêmeo digital de vagas de estacionamento que monitora a ocupação por meio de uma rede de sensores de baixo custo. Os cidadãos podem verificar a disponibilidade de vaga por meio de um site ou aplicativo, reduzindo o congestionamento e as emissões de tráfego.

As tecnologias digitais de edge também estão tornando a energia mais inteligente e eficiente, dando suporte a casos de uso como medidores e redes inteligentes, microrredes e cogeração de energia, detecção de falhas e gestão de pipelines. A digitalização permite que as empresas de energia e serviços públicos gerenciem o fornecimento e a demanda de forma mais eficiente, não apenas reduzindo o desperdício de energia, mas também ajudando a impulsionar a energia renovável e a neutralidade climática.

Responder mais rápido aos danos ambientais

Sensores da IoT interconectados, satélites e drones desempenham um papel crítico em ajudar as organizações a detectar e responder aos danos ambientais mais rapidamente, seja poluição do ar por congestionamento, desastres naturais ou falhas de infraestrutura, como vazamentos. Por exemplo, vazamentos de metano em gasodutos de gás natural são uma fonte potente de emissões e poluição do ar. Para lidar com esse desafio, a IBM está desenvolvendo um sistema de detecção de vazamento de metano aproveitando sensores de IoT de baixo custo em uma rede mesh auto-organizada para localizar e reparar vazamentos mais rapidamente.

Em outro exemplo, a IA contextual traz um novo nível de precisão na gestão de desastres naturais, como incêndios florestais ou proteção de recursos naturais e vida selvagem. Os dados em tempo real sobre as condições de incêndio colhidos por drones podem ser combinados com previsões de vento, umidade e temperatura para ajudar a determinar para onde enviar o pessoal e quando e onde as evacuações devem ser ordenadas. Sistemas inteligentes como Global Forest Watch, EarthRanger, Connected Conservation e Global Fishing Watch fornecem informações em tempo real sobre recursos naturais e áreas protegidas em uma plataforma integrada. Ao combinar dados de vários sensores com observações de campo sobre incidentes prejudiciais (exploração de madeira ou caça ilegal) à medida que são detectados, essas plataformas podem localizar e prever ameaças, permitindo uma resposta mais rápida.

Reversão dos efeitos das mudanças climáticas

Muitas iniciativas focadas em reverter os efeitos das mudanças climáticas dependem do intercâmbio digital na edge com ecossistemas de parceiros. Por exemplo, mover uma cidade inteira para energia limpa exigiria colaboração e troca de dados entre governo, serviços públicos, fornecedores de energia limpa, cidadãos e empresas para redes inteligentes bidirecionais. Da mesma forma, iniciativas de reflorestamento dependem da inteligência digital na edge para determinar as condições ideais, local e tempo necessários para o sucesso.

Jim Poole, vice-presidente de Business Development da Equinix (foto), e Maurice Mortell, managing director na Irlanda e líder de Sustentabilidade na EMEA.

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