O número de pessoas com acesso residencial à internet no Brasil chegou a 22,4 milhões em abril, 41,3% mais que os 15,9 milhões registrados no mesmo mês de 2007, o maior aumento entre os dez países monitorados pela Nielsen//NetRatings. Dos usuários ativos, 82% ou 18,3 milhões navegaram por banda larga, um crescimento de 53% na comparação com os 11,9 milhões registrados em abril do ano passado.
Com 22 horas e 47 minutos por pessoa, em média, o tempo de navegação também aumentou na comparação com abril do ano anterior, ao evoluir 4,9%. A média de páginas abertas por usuário foi de 1.868 no mês e o total de pessoas que moram em residências em que há computador com internet, que é atualizado trimestralmente, ficou em 34,1 milhões.
Para todos os ambientes (residências, trabalho, escolas, lan houses, bibliotecas, telecentros) o Ibope//NetRatings continua indicando a marca de 40 milhões de pessoas com 16 anos ou mais de idade com acesso à internet, número relativo ao quarto trimestre do ano passado.
O Brasil continua com o maior consumo individual de internet domiciliar, tanto em tempo de navegação quanto em média de páginas por pessoa. Os países que mais se aproximaram do Brasil em tempo de navegação em abril foram a França, com 20 horas e 12 minutos, e os Estados Unidos, com 19 horas e 33 minutos por usuário. Em consumo de páginas, o internauta residencial francês também foi o que mais se aproximou do brasileiro, abrindo 1.765 páginas.
?O elevado consumo de páginas de internet no Brasil está diretamente relacionado à alta afinidade dos brasileiros com as redes sociais, que são os sites com maior média de páginas vistas por usuário?, avalia o analista de mídia do Ibope//NetRatings, José Calazans. Segundo ele, o aumento da quantidade de páginas vistas coincide com os períodos de maior crescimento da audiência desses sites de relacionamento, sobretudo entre internautas mais jovens.
O número de páginas abertas mensalmente por um adolescente brasileiro era de 1.354 em abril de 2005. No mesmo mês de 2008, cada adolescente abriu em média 2.561 páginas. ?Mas o maior crescimento do consumo de páginas neste momento vem ocorrendo entre as crianças até 11 anos e entre os adultos de 25 a 49 anos, refletindo o aumento do interesse dos internautas dessas faixas etárias pelos sites de comunidades?, disse Calazans. ?O crescimento do uso de redes sociais pelos adultos, que já são os maiores usuários de sites de bancos e de comércio eletrônico, indica que as empresas em geral também podem aproveitar o potencial das comunidades on-line para melhorar sua relação com esse público, que em geral tem mais renda e apresenta maior probabilidade de conversão em consumidores?, completou.