BRASÍLIA — Foi apresentado na última quinta-feira, 27, em Brasília, o projeto piloto do Sistema Nacional de Inovação e Infraestrutura de Pesquisa para mapear a infraestrutura das pesquisas das instituições científicas e tecnológicas (ICTs) para monitoramento e gerenciamento de dados.
A proposta, desenvolvida pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), objetiva compreender melhor o funcionamento do sistema de inovação no Brasil e oferecer às empresas e à comunidade científico-tecnológica o acesso, pela internet, a informações sobre pesquisas, tais como localização, possibilidades e condições de uso.
O sistema visa ainda incentivar o uso compartilhado de recursos, fornecendo um mapeamento gráfico das infraestruturas. Nove áreas de pesquisa estão entre as prioridades: saúde, petróleo e gás, defesa, biotecnologia, aeronáutica, TIC, energia, agropecuária e construção civil. O projeto ainda passará por testes e deve estar disponível no ano que vem.
Para o secretário-executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, o sistema é uma ferramenta de sustentação que vai auxiliar na apropriação desse saber. "O conhecimento é um aditivo que, quando se transforma em mercadoria, vira propriedade industrial. Se não tivermos capacidade de, por exemplo, gerar estruturação e patentes, certamente chegaremos ao resultado esperado."
Na avaliação do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, o desafio é aperfeiçoar a eficácia do uso dos equipamentos, beneficiando não apenas o trabalho dos pesquisadores, mas também da indústria. "É conseguir disponibilizar essa infraestrutura para que a pesquisa industrial possa, de fato, munir-se dessa rede de conhecimento".