A digitalização transformou vidas e negócios de várias maneiras, abrindo novas oportunidades e vantagens significativas. Mas, ao mesmo tempo, ela também apresentou uma série de desafios no que diz respeito a cibersegurança, tanto no dia a dia das pessoas quanto nos processos operacionais das organizações de quaisquer naturezas.
Uma área onde a intensa digitalização trouxe uma perspectiva que tem se tornado dramática refere-se a cadeia de suprimentos. Com a integração digital destes processos se estendendo, não mais por uma organização individual, mas por todo um ecossistema de empresas ou indivíduos, as superfícies de ataque potencial se expandem, oferecendo aos criminosos mais métodos para ataques cibernéticos.
Golpes à cadeia de suprimentos (do inglês Supply Chain Attack) são um tipo de ataque cibernético em que os invasores visam uma organização por meio de seu relacionamento com parceiros comerciais ou fornecedores de terceiros. O aumento da interconectividade e um ambiente heterogêneo de empresas da cadeia, normalmente com diferentes níveis de defesas cibernéticas, criam um ambiente atrativo para invasores.
Esses ataques podem ocorrer em qualquer ponto da cadeia de suprimentos, desde a manipulação de software e hardware durante a produção, até a introdução de malware em redes de distribuição e logística. Além disso, os criminosos podem visar os sistemas de TI dos fornecedores para obter acesso a informações ou redes da organização alvo.
A cadeia de suprimentos desempenha um papel fundamental nas operações de negócios, desde a produção até a distribuição de bens e serviços. Por esta razão, elas também se tornaram uma área crítica de vulnerabilidade em termos de cibersegurança, onde os elos frágeis da corrente podem comprometer toda uma operação, causando prejuízos econômicos incalculáveis.
Proteger a cadeia de suprimentos contra ataques cibernéticos é um grande desafio. Requer a implementação de uma estratégia de segurança abrangente, em toda a cadeia de suprimentos, que inclua, em primeiro lugar, uma avaliação regular e rotineira dos riscos com base em modelos de referência que representem um padrão de mercado. Desde a ISSO 27000, NIST, SOC entre outros.
Para mitigar esses riscos, as organizações devem adotar uma abordagem de segurança em profundidade, implementando múltiplas camadas de defesa e considerando a segurança em todos os aspectos de sua cadeia de suprimentos digital. Isso pode incluir a avaliação regular da segurança dos fornecedores, o uso de software e hardware de confiança, a garantia de que os patches e atualizações de software são aplicados prontamente, e a implementação de medidas de segurança robustas, como firewalls, detecção de intrusão e criptografia.
Além disso, a educação e o treinamento em cibersegurança para funcionários e parceiros pode ser crucial para prevenir ataques.
Enio Klein, influenciador e especialista em vendas, experiência do cliente e ambientes colaborativos com foco na melhoria do desempenho das empresas a partir do trabalho em equipe e colaboração. CEo da Doxa Advisers e professor de Pós-Graduação.