A segunda versão beta do Internet Explorer 8, cujo codinome é InPrivate, foi lançada na quarta-feira, 27, e traz como novidade o modo de navegação privado, que permite ao usuário visitar sites sem que seja monitorado. O novo browser poderá ser incluído no sistema operacional Windows.
Segundo a Microsoft, a ferramenta possibilita que usuários naveguem na web, sem que deixem um histórico dos sites visitados, nem cookies, nem palavras-chave. Por esse motivo, o browser foi apelidado de "porn mode", porque permite ao usuário visitar sites pornográficos, por exemplo, sem que haja registro visível.
John Curran, diretor da subsidiária inglesa da Microsoft, disse que "algumas pessoas vão sempre querer ser InPrivate, mas ressaltou que há um trade-off [acordo], o que significa que embora a privacidade das pessoas seja protegida, elas não irão receber automaticamente os dados relevantes de seu interesse".
Segundo notícia publicada pelo Financial Times, o recurso InPrivate pode afetar modelos de publicidade dirigida, baseada nos hábitos de navegação dos internautas, caso da DoubleClick, controlada pelo Google. De acordo com o jornal, embora outros browsers tenham opções similares, o da Microsoft avança mais nesse recurso.
Para alguns analistas, o anúncio da Microsoft coloca ainda mais pressão sobre o Google, constantemente criticado pela quantidade de informações que recolhe sobre os hábitos dos usuários de seus serviços na internet. David Mitchell, analista de tecnologia da informação do instituto de pesquisas Ovum, avalia que "se o hype em torno da privacidade ganha mais credibilidade, mais gente vai seguí-lo". "Mas não existe uma ameaça potencial para o click-through [taxa de exibição] de anúncios on-line."
