O mercado mundial de tecnologia da informação deve movimentar mais de US$ 1,5 trilhão neste ano, cifra que representará um crescimento de 5,8% em relação a 2009, de acordo com projeção da IDC Brasil. Somente o mercado de infraestrutura deve atingir US$ 773 bilhões, ou seja, 2,7% a mais do que o registrado no ano anterior. Segundo a empresa de consultoria e pesquisa, o Brasil detém 1,8% do mercado mundial e deve crescer 7% neste ano.
A IDC prevê, ainda, que os gastos das empresas brasileiras com TI e telecomunicações devem ser de R$ 32 bilhões e R$ 64 bilhões neste ano, respectivamente. "Os maiores impulsionadores de tecnologia serão os dispositivos móveis, com um crescimento de 24,7% nos próximos anos, e os PCs, com um aumento de 8,6%. Os mercados de servidores e storage [armazenamento] juntos respondem por apenas 1,5% deste total", projeta Alexandre Vargas, analista do mercado de infraestrutura da IDC Brasil.
O analista avalia que países mais maduros em aquisição de tecnologia como Estados Unidos e Japão irão apresentar taxas de crescimento menores do que as exibidas por países emergentes. Dentro deste cenário, o Brasil ainda deve ter números medianos quando comparados às de Rússia e Índia", completa Vargas.
Para 2011, de acordo com ele, as prioridades da área de TI de médias e grandes empresas estão relacionadas à implantação e melhorias na área de governança, já que muitas organizações já adquiriram uma infraestrutura e agora começaram a notar que é preciso crescer de maneira ordenada. "Nos últimos anos, as empresas focaram em consolidação e virtualização. Agora, as questões de automação e provisionamento estarão na pauta dos gestores de infraestrutura", diz Vargas. Para ele, quem trabalha com infraestrutura e não tem conhecimento de virtualização, precisa se preocupar. "A implantação de soluções baseadas em cloud computing é importante para todas as organizações e já é uma realidade. Chegou a hora de avaliar quais ambientes e aplicações já podem ser migradas para a nuvem e, para isso, é necessária a ajuda de um fornecedor especializado."
Para Reinaldo Roveri, gerente de pesquisa da IDC, cloud computing não é mais um hipe de mercado. "Hoje, 40,3% das 330 médias e grandes empresas entrevistas pela IDC para um estudo sobre computação em nuvem, estudam o assunto. Poucas ainda têm plano de investimento, mas esse cenário deve mudar em breve. Recomendamos que elas fiquem atentas à explosão dos aplicativos e às políticas de segurança."
- Mercado