Reduzir o prazo para emissão de resultados de exames de diagnóstico por imagem que podiam demorar dias para 4,5 horas em média é dos resultados que comprovam o retorno sobre o investimento (ROI) da Central de Telemedicina Diagnóstica, criada em março de 2009 para centralizar a elaboração de laudos de médicos radiologistas nos diversos hospitais ligados à entidade Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem-IDI.
A informação é de Armin Spirgatis, superintendente de tecnologia da informação e teleradiologia, que participou nesta quinta-feira, 28, do Fórum de Saúde Digital, promovido pela revista TI Inside o organizado pela Converge Comunicações. Ele acrescenta que só a economia de película de raio X não é um fator tão relevante de redução de custo.
A Central é uma das maiores provedoras de exames de diagnóstico por imagem ao serviço público de saúde do Brasil, realizando cerca de 3 milhões de exames por ano, para os quais conta com 300 médicos cadastrados, mais de mil funcionários e 584 equipamentos na base instalada, que estão espalhados por suas 46 unidades.
O serviço, segundo Spirgatis, permite melhor qualidade na realização de laudos, funcionamento ininterrupto 24×7 e maior segurança. "Além disso, evita que o a pessoa faça exame em duplicidade em hospitais diferentes, que com o uso da central podem compartilhar a informação", explica.
A Central de Laudos abriga um data center com 15 servidores, um sistema robotizado de DVD e scanner, local para administração, reuniões sala de conforto para os médicos.
Os diversos hospitais estão conectados por links de alta velocidade que são dimensionados conforme o tamanho das imagens transmitidas. No caso do Hospital Perola Byington, localizado na cidade de São Paulo, por exemplo, os exames de mamografias, exigem a ligação por fibra ótica devido ao tamanho das mesmas.
Parceria com o governo
O governo do estado de São Paulo inaugurou nesta quarta, 27, a unidade de ressonância magnética da Baixada Santista, que estará disponível no hospital estadual Guilherme Álvaro. Cerca de mil exames deverão ser oferecidos por mês quando o serviço estiver operando em plena capacidade. O agendamento será realizado por intermédio das unidades básicas de saúde da região. A ressonância magnética da unidade será oferecida pelo hospital em parceria com a Fundação IDI.
Antes do novo serviço, os pacientes da Baixada Santista eram encaminhados para a cidade de São Paulo para fazer o exame de ressonância ou realizar o procedimento em instituições privadas, que firmavam convênio para oferecer cotas do exame ao SUS (Sistema Único de Saúde).
"Trata-se de uma grande conquista para a população da Baixada Santista usuária do SUS, que contará com um serviço de qualidade, especializado em imagem, agilizando o diagnóstico de doenças e o tratamento dos pacientes", afirma Nilson Ferraz Paschoa, secretário de Estado da Saúde.
"O novo serviço certamente irá aliar modernidade, eficácia e precisão nos diagnósticos de exames de ressonância, com rápida emissão de laudos assinados por especialistas", diz o médico Jacob Szejnfeld, presidente da Fundação IDI.
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