EverSystems e OpenCS fazem acordo para exportar software

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A provedora se soluções de TI EverSystems firmou acordo de cooperação com a Open Communications Security, empresa especializada na gestão e combate a fraudes eletrônicas, para desenvolver uma solução baseada em two-factor authentication (sistema de segurança baseado em dupla autenticação). A parceria entre as duas empresas brasileiras coincide com a nova regulamentação do Federal Financial Institutions Examination Council, que obriga os bancos norte-americanos a adotarem sistemas como esse para todos os seus clientes, até dezembro de 2006.

A demanda já havia sido antecipada pela EverSystems, que lançou recentemente o ES Mobile Token, e pela OpenCS, que lançou o M-Trusted. Com essas ferramentas, os correntistas dos bancos recebem uma senha pelo aparelho celular a cada transação feita em canais de conveniência, como internet banking e terminais de auto-atendimento (ATMs). ?O sistema gera senhas diferentes e individuais por minuto que podem ter de 6 a 32 dígitos ? padrão que é definido pela própria instituição com base na aplicação e no nível de segurança requerido?, explica Marco Aurélio Garib, presidente e CEO da EverSystems.

O acordo traz grandes benefícios para a Open Communications Security, formada por professores titulares das áreas de segurança de dados da USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e para a EverSystems, que tem inúmeros projetos internacionais para a indústria financeira. ?A solução tem baixo custo de implementação, uma vez que faz uso do telefone celular para a autenticação forte?, afirma o presidente da OpenCS, Carlos Alberto Costa, ?Nosso objetivo é formatar a melhor solução do mercado latino-americano para atender os bancos em nível mundial, já que essa nova regulamentação deve atingir todas as instituições que têm atuação global e que hoje são maioria no mercado?, explica Garib.

Garib acredita que uma vez que os bancos vislumbrarem os benefícios da aplicação nos Estados Unidos, a proliferação para outros países, mesmo sem a obrigatoriedade, será uma questão de tempo, pois o custo da solução é muito baixo, com adoção em larga escala torna-se menor e, finalmente, os próprios consumidores já estão apontando a segurança como um fator decisivo na escolha dos bancos. A prova é uma pesquisa do Ponemon Institute que mostrou que 57% dos internautas nos EUA cancelariam todo e qualquer tipo de transação virtual com a instituição, caso tivessem problemas relacionados ao roubo (ou vazamento) de informações pessoais.

O presidente da OpenCS, Carlos Alberto Costa, concorda que as novas regras nos EUA devem gerar forte impacto em todo o mundo. ?As multinacionais têm tendência em adotar o mesmo padrão global de serviços, principalmente quando a relação custo-benefício é positiva. Além disso, só no Brasil o número de fraudes bancárias e financeiras realizadas via internet no país cresceu 577% em 2004 em relação ao ano anterior, segundo pesquisa do Comitê Gestor de Internet?, informa o executivo.

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