O setor agropecuário brasileiro é, na cadeia econômica, o que mais utiliza o certificado digital no seu dia a dia. De acordo com estudo da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD), 90% de todas as empresas agropecuárias já atuam com certificação, o que garante ao segmento o primeiro lugar num ranking de outras áreas de atividade. O estudo completo mostra que 71% do total do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, que foi de R$ 5,9 trilhões, tiveram em sua geração a participação da certificação digital. Por setor, a classificação segue a seguinte ordem: agropecuária 90%; a indústria vem em segundo lugar com 78%, na sequência aparece o setor de serviços com 64% e por fim o comércio, com 47%.
De acordo com Antonio Sérgio Cangiano, diretor-executivo da ANCD, a certificação digital tem trazido inúmeros benefícios para os cidadãos e para as instituições que a adotam. Com a certificação digital é possível utilizar a internet como meio de comunicação alternativa para a disponibilização de diversos serviços com maior agilidade, facilidade de acesso e substancial redução de custos. "Além da entrega de obrigações com o governo, o certificado digital também é cada vez mais usado por contadores, advogados, médicos, entre outros profissionais liberais, que já perceberam as vantagens que este instrumento proporciona, no sentido de ser seguro, facilitar o trabalho, ser sustentável e ainda representar redução expressiva de custos".
O fato de o setor agropecuário aparecer com 90% não significa que é o que tem maior número de certificados digitais, mas é o setor onde o uso dessa ferramenta é quase completo em todas as empresas, faltando apenas 10% para ser fechado o ciclo de implantação de todo o setor, destaca Cangiano. "Esse segmento tem peso muito grande, é onde está o maior volume de exportações do Brasil".
O trabalho da ANCD mostra também, por segmento, qual a participação de pequenas e médias empresas em cada setor econômico. De acordo com a mesma base de dados do PIB, o setor agropecuário tem 10% de PME's, a indústria 22,5%, serviços possui 36,3% e comércio 53,4%. "No caso do segmento agro, a pequena participação dos pequenos é representada pela agricultura familiar, enquanto que em outras áreas há maiores possibilidades de surgimento de empreenderes", diz Cangiano.
Este trabalho da ANCD é muito importante, diz ele, pois mostra que a certificação digital oferece ambiente seguro às empresas. Ele permite que todas ações feitas a partir da certificação sejam aceitas por todos os órgãos públicos e privados sem repúdio de autoria, garante a integridade dos dados digitais e atribui validade jurídica a todos os atos. "Dadas essas características, a certificação digital, com sua capacidade de criptografia do conteúdo, aliada à recente combinação com a biometria, é a tecnologia mais avançada no presente para que o seu uso seja generalizado na rede mundial em qualquer aplicação que requeira identidade, conteúdo assegurado e validade jurídica".
Metodologia
Ao se analisar os números apresentados do PIB 2015 (IBGE) a tabela já apresenta a divisão de: Agricultura, Indústria, Serviços, Comércio e Impostos. Nesse panorama foi atribuído o expurgo de valores referentes ao peso das PME´s no resultado final.
Esses valores estão respaldados em estudos do SEBRAE e do Ministério da Agricultura. Agricultura conta com 10% do seu peso a Agricultura Familiar; Indústria conta com 22,5% do seu peso de empresas PME; Comércio conta com 53,4 % do seu peso de empresas PME; Serviços conta com 36,3% do seu peso PME.